Hospitais em Maceió viram palco de mais um escândalo de má gestão

 

Quatro meses de salários atrasados. Benefícios federais sumidos no ar. Complemento do piso nacional da enfermagem? Esquece. Os trabalhadores dos hospitais Santo Antônio e Médico Cirúrgico, no Centro de Maceió, estão sendo tratados como descartáveis enquanto a direção faz malabarismo para explicar o inexplicável.

Profissionais do Hospital Santo Antônio e Hospital Médico Cirúrgico Cruzaram os Braços na Segunda-feira (24) em Protesto por Salários e Complementos do Piso da Enfermagem em Atraso.

O presidente do Sateal, Mário Jorge, não está exagerando: a situação é crítica. Profissionais endividados, emocionalmente esgotados, e sem um pingo de transparência da administração. O governo federal repassa recursos para o piso da enfermagem, mas, como sempre, o dinheiro evapora antes de chegar ao bolso de quem realmente trabalha.

Enquanto isso, as unidades funcionam com apenas 30% dos serviços. Quem paga a conta? O paciente, claro. E o trabalhador, que além de não receber, ainda é obrigado a segurar as pontas de um sistema falido.

Esse é o retrato da saúde pública brasileira: dinheiro existe, mas some no caminho. O resultado? Protestos, portas de hospital fechadas e uma população refém da incompetência e do descaso. E pode apostar: se ninguém for cobrado, nada muda.

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