Europa registra surto generalizado de influenza aviária em 2025

Novo caso de H5N1 no Camboja acende alerta global na semana 46

Aqui vai um resumo do relatório Centre for Health Protection (CHP) — Avian Influenza Report, Vol. 21, Nº 46 (Semana 46: 9 a 15 Novembro 2025).

chp.gov.hk

Camboja confirma casos de Influenza Aviária H5N1 em humanos

Principais pontos

Durante o período de 9 a 15 de Novembro de 2025, houve 1 novo caso humano confirmado de influenza aviária tipo A(H5N1) no Camboja, reportado em 15 de Novembro.

chp.gov.hk

Nenhum novo caso humano de A(H5N6) foi relatado neste período. Até 15 de Novembro de 2025, foram ao todo 93 casos humanos de A(H5N6) globalmente, 92 deles na China continental.

chp.gov.hk

Nenhum novo caso humano de A(H7N9) neste período. Desde Março de 2013 até à data, 1.568 casos humanos de A(H7N9) foram reportados globalmente (mas todos entre 2013-2019) e o mais recente foi em Abril de 2019.

chp.gov.hk

Na vertente animal/avícola: numerosos surtos de influenza aviária de alta patogenicidade tipo A(H5N1) foram detectados em aves (domésticas e silvestres) em diversos países europeus durante a semana, incluindo Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Japão, Países Baixos, Bélgica, Suíça, entre outros.

chp.gov.hk

Para Hong Kong especificamente, não foram reportados novos casos humanos de influenza aviária no período da semana marcada no relatório.

chp.gov.hk

Implicações principais

O relato de um novo caso humano em Camboja reforça que a transmissão esporádica de vírus aviários para humanos ainda está ocorrendo, embora permaneça rara.

A ausência de novos casos humanos de A(H5N6) ou A(H7N9) nessa semana é uma “boa notícia” relativamente, mas não elimina o risco, dado o histórico.

A elevada actividade em aves (domésticas e selvagens) na Europa sugere um risco reforçado de disseminação via aves migratórias ou via contato entre aves domésticas e silvestres — o que implica vigilância reforçada.

Do ponto de vista de saúde pública: embora não haja indicação de transmissão sustentada entre humanos, o risco permanece para pessoas que trabalham com aves ou estão em contacto directo com aves infectadas.

Para regiões que não registam casos humanos ou avícolas elevados, o relatório enfatiza a necessidade de manter a vigilância, medidas de biossegurança, e detecção precoce.

Europa Registra Forte Atividade Aviária pelo H5N1

Se entre humanos os números ficaram estáveis, o mesmo não pode ser dito para o setor animal. O relatório aponta múltiplos surtos de influenza aviária de alta patogenicidade A(H5N1) em aves domésticas e selvagens em países europeus como:

Reino Unido

Alemanha

Irlanda

Países Baixos

Bélgica

Suíça

Japão (fora da Europa, mas incluído na semana)

A circulação intensa em aves — especialmente migratórias — aumenta o risco de disseminação global e reforça a necessidade de contenção rápida em granjas e pontos de criação.

Hong Kong Mantém Situação Controlada

No âmbito local, Hong Kong não registrou novos casos humanos na semana avaliada. A situação permanece controlada, embora as autoridades alertem para a importância da manutenção de medidas de biossegurança e monitoramento ambiental.

Recomendações gerais

Manter monitoramento de aves domésticas e selvagens, com testes de influenza aviária, particularmente em regiões com surtos recentes em aves.

Reforçar a biossegurança em explorações avícolas, evitar contacto directo entre aves domésticas e selvagens, e assegurar que trabalhadores usem equipamento de protecção adequada.

Em caso de sintomas respiratórios ou febris em pessoas com exposição a aves infectadas ou mortas, considerar influenza aviária como possibilidade (diferencial).

Preparar planos de contingência para o caso de detecção humana ou animal de vírus aviário com potencial de divulgação mais ampla.

O Que Esses Dados Significam?

O novo caso no Camboja mostra que a ponte de transmissão entre aves e humanos continua existindo, ainda que limitada.

Já a explosão de surtos na Europa demonstra que o vírus permanece amplamente ativo no mundo animal, criando janelas de risco contínuas para novos episódios zoonóticos.

De forma geral:

Não há transmissão sustentada entre humanos.

O risco é maior para pessoas com contato próximo com aves, como trabalhadores rurais, tratadores e manipuladores de aves mortas.

A vigilância mundial continua fundamental para evitar que cenários localizados evoluam para epidemias mais amplas.

Recomendações Reforçadas pela Autoridade Sanitária

1. Vigilância ativa

Monitoramento sistemático de aves domésticas e selvagens, sobretudo em regiões com surtos recentes.

2. Biossegurança nas granjas

Evitar contato de aves domésticas com aves migratórias, reforçar práticas sanitárias e uso de EPIs por trabalhadores.

3. Atenção aos sintomas

Em casos de febre ou problemas respiratórios após contato com aves doentes ou mortas, considerar influenza aviária como possibilidade clínica.

4. Preparação para emergências

Sugere-se que autoridades nacionais e locais mantenham e atualizem planos de contingência para eventuais surtos humanos ou animais.

Conclusão

O relatório da Semana 46 de 2025 reforça que a influenza aviária permanece um desafio global: relativamente controlada em humanos, mas altamente dinâmica entre aves.

Enquanto a transmissão não sustentada entre pessoas se mantém, o risco de novos casos esporádicos persiste — sobretudo em regiões com forte atividade viral.

A vigilância, a biossegurança e a resposta rápida continuam sendo as ferramentas essenciais para manter o vírus sob controle.

PALAVRAS-CHAVE:

📙 GLOSSÁRIO:

🖥️ FONTES:

NOTA:

O AR NEWS publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do AR NEWS NOTÍCIAS.