Como Doenças Desconhecidas Dizimaram o Exército de Napoleão em 1812
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| Novas Descobertas sobre as Causas das Mortes no Exército Napoleônico |
Recentes estudos realizados por cientistas do Instituto Pasteur revelaram que a retirada de Napoleão da Rússia em 1812 foi significativamente afetada por doenças infecciosas, especificamente a febre paratifoide e a febre recorrente. Essas descobertas foram baseadas na análise genética de restos mortais de soldados franceses exumados em Vilnius, Lituânia, e foram inicialmente compartilhadas como uma pré-impressão no bioRxiv em 16 de julho de 2025, antes de serem publicadas na revista Current Biology em 24 de outubro de 2025.
Descobertas sobre os Patógenos
Os pesquisadores analisaram o DNA de 13 soldados e identificaram dois patógenos: Salmonella enterica subsp. enterica (sorovar Paratyphi C), causador da febre paratifoide, e Borrelia recurrentis, responsável pela febre recorrente. A febre paratifoide é transmitida por alimentos ou água contaminados, enquanto a febre recorrente é transmitida por piolhos e causa períodos alternados de febre e recuperação. Ambas as infecções podem provocar febre intensa, exaustão e desconforto digestivo, exacerbando as condições já precárias enfrentadas pelos soldados devido ao frio, fome e falta de saneamento.
Impacto na Retirada
A retirada de Napoleão foi uma das mais desastrosas da história militar, resultando na morte de cerca de 300.000 soldados. Historicamente, acreditava-se que a maioria das mortes era atribuída ao tifo, mas as novas evidências sugerem que as doenças identificadas também desempenharam um papel crucial. Os sintomas descritos em registros históricos, como febre e diarreia, correspondem aos efeitos das infecções encontradas.
Metodologia e Implicações Futuras
Para realizar essa análise, a equipe utilizou tecnologia de sequenciamento de última geração, permitindo a identificação de patógenos mesmo em DNA altamente degradado. Essa abordagem inovadora pode abrir novas possibilidades para entender a dinâmica de doenças infecciosas ao longo da história e como elas influenciaram eventos significativos, como a retirada de Napoleão.
Essas descobertas não apenas reescrevem parte da história da campanha de 1812, mas também ressaltam a importância de compreender as doenças do passado para melhor enfrentar os desafios de saúde pública atuais.
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