Rússia e China podem atacar cabos submarinos de internet, alerta relatório. Quais países estão em risco?
A ameaça de sabotagem a cabos submarinos de internet está aumentando, especialmente em regiões próximas ao Mar Báltico e a Taiwan, de acordo com um novo relatório da empresa americana de segurança cibernética Recorded Future. O relatório alertou que incidentes envolvendo supostos agentes estatais russos e chineses estão aumentando e podem representar sérios riscos à infraestrutura global da internet.
Cabos submarinos transportam mais de 99% do tráfego de dados intercontinental do mundo. Embora muitas interrupções tenham sido historicamente causadas por acidentes ou eventos naturais, um número crescente de incidentes agora aponta para uma possível interferência patrocinada por Estados.
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| O presidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping |
Mar Báltico e Taiwan no centro de incidentes recentes
O relatório identificou nove incidentes significativos em 2024 e 2025 envolvendo cabos submarinos no Mar Báltico e na costa de Taiwan. Entre eles, o rompimento de dois cabos entre a Lituânia e a Suécia em novembro passado, incidente que os investigadores atribuíram a um navio chinês que arrastava sua âncora. Em dezembro, um petroleiro russo foi apreendido após romper cabos entre a Finlândia e a Estônia. Em águas próximas a Taiwan, um cargueiro com tripulação chinesa teria cortado cabos para as ilhas Penghu, em fevereiro, após manobrar repetidamente em zigue-zague sobre as rotas dos cabos. Um mês antes, um navio cargueiro de propriedade chinesa foi citado como a provável causa dos danos a um cabo entre Taiwan e os EUA.
“Campanhas atribuídas à Rússia na região do Atlântico Norte-Báltico e à China no Pacífico Ocidental provavelmente aumentarão em frequência à medida que as tensões aumentam”, alertou o relatório.
Intenção estratégica por trás de uma possível sabotagem
A Recorded Future disse que, embora seja difícil atribuir definitivamente os incidentes recentes à sabotagem patrocinada pelo Estado, as atividades "estão alinhadas com os objetivos estratégicos da Rússia e da China, com as atividades observadas recentemente e com as atuais capacidades em águas profundas".
O relatório alertou que um ataque altamente disruptivo a múltiplos cabos de águas profundas – exigindo acesso a áreas de difícil acesso do fundo do oceano – quase certamente envolveria atores patrocinados por Estados. Tal operação, segundo o relatório, provavelmente ocorreria pouco antes do início de qualquer conflito aberto.
Grandes interrupções globais aconteceram em outros lugares
Apesar do aumento da atividade no Báltico e em Taiwan, as interrupções mais graves na conectividade global ocorreram em outras regiões. Em fevereiro de 2024, um ataque com mísseis Houthi no Mar Vermelho fez com que um navio arrastasse sua âncora por vários cabos, causando interrupções generalizadas na rede no Oriente Médio. Um mês depois, um deslizamento de rochas subaquáticas na África Ocidental danificou cabos e, em maio, um incidente de arrasto de cabos na costa da África do Sul provocou novas interrupções.
Quais países são mais vulneráveis?
O relatório identificou certas nações insulares europeias vulneráveis — incluindo Malta, Chipre e Irlanda — cuja dependência de cabos submarinos para comunicação internacional as torna mais expostas a possíveis interrupções.
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