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| Vírus da covid-19 nas águas residuais indica surtos futuros |
Um novo estudo da Universidade de Minnesota confirmou que a análise de águas residuais pode prever, com precisão, os casos de COVID-19 na semana seguinte em uma comunidade. A pesquisa, publicada hoje no Journal of Infectious Diseases, reforça a eficácia do monitoramento ambiental como ferramenta de vigilância epidemiológica, especialmente em um cenário de ampla imunidade coletiva, adquirida por meio de infecção e vacinação.
📉 Monitoramento se torna essencial após queda nos testes clínicos
Com a diminuição dos testes individuais e a dificuldade de acompanhar a propagação do vírus por métodos convencionais, o rastreamento da carga viral em esgoto tornou-se uma alternativa relevante para detectar tendências epidemiológicas e o surgimento de novas variantes.
“Rastrear a disseminação do vírus e monitorar novas variantes continua sendo essencial, mesmo com altos níveis de imunidade na população”, destacam os autores.
🧪 Estudo analisou dados de janeiro de 2022 a agosto de 2024
A pesquisa avaliou 215 amostras de águas residuais coletadas na Estação de Tratamento de Twin Cities e as comparou com registros de 6.879 testes positivos de COVID-19 entre trabalhadores da rede Fairview Health, que residiam na área abrangida pela estação. Todos os funcionários presenciais eram obrigados a apresentar teste positivo para justificar afastamentos médicos.
🔍 Três surtos foram detectados antecipadamente
Durante os 32 meses de análise, foram identificados três surtos distintos: em janeiro de 2022, julho de 2023 e junho de 2024. Cada um deles foi precedido por um aumento detectável na carga viral das águas residuais, antes mesmo da explosão de novos casos.
Dois modelos estatísticos utilizados na pesquisa demonstraram que os níveis de SARS-CoV-2 nas águas residuais previram com precisão os aumentos de casos clínicos com uma semana de antecedência.
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