O estudioso, que também é rabino ordenado pelo Rabinato Israelense, enfatiza que sua pesquisa sobre as origens históricas do Judaísmo não pretende “desconstruir” a religião. O Judaísmo é e sempre foi dinâmico, em constante mudança. Ele está tentando “entender o que realmente aconteceu”, mas isso, para ele, não tem efeito sobre o significado da observância.
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| Seção do pergaminho de Pesher Habacuque, exibido no Museu de Israel, em Jerusalém. |
A descoberta do registro mais antigo conhecido da observância do Yom Kippur revela o caráter sectário desse dia de aflição.
O Manuscrito do Mar Morto, chamado "Pesher Habacuque," que remonta ao século II a.C., descreve uma situação de conflito durante o Yom Kippur, envolvendo um sacerdote considerado perverso que perseguia um líder do grupo de Qumran.
Este grupo, possivelmente os essênios, observava o Yom Kippur em uma data diferente do que era considerado apropriado. A pesquisa do professor Yonatan Adler sugere que a observância e o conhecimento da Torá se espalharam durante o período Hasmoneu, entre 140 a.C. e 37 a.C., quando essa dinastia governou a Judéia e fez da Torá a base ideológica e legal de seu reino judaico. Antes disso, a observância do Yom Kippur pode não ter sido universal, e diferentes grupos podem ter observado o dia sagrado em datas distintas, levando a conflitos sectários.
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