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Alerta no Amazonas devido ao surgimento da Doença da Urina Preta - Haff

Pesca no amazonas


O surto da doença da urina preta tem gerado preocupação significativa nas autoridades sanitárias do Amazonas. O aumento notável no número de casos suspeitos da doença de Haff, conhecida pelo sintoma da urina preta, tem suscitado inquietação. Segundo o governo estadual, desde janeiro de 2023, foram registradas 86 notificações, sendo que 20 delas foram reportadas somente em setembro. Dentre essas notificações, 49 foram confirmadas como casos da doença, 24 foram descartadas e 13 continuam sob investigação meticulosa.

A doença de Haff é uma forma de rabdomiólise, uma síndrome que ocasiona a destruição das fibras musculares no corpo humano. Quando associada ao consumo de frutos do mar, especialmente peixes, essa síndrome assume o nome de doença de Haff. O epicentro desse surto encontra-se no município de Itacoatiara, situado a 176 km de Manaus. Este município é responsável por 36 casos confirmados, consolidando-se como o epicentro desse surto alarmante no estado. Além disso, moradores de outros quatro municípios, incluindo a capital, também foram afetados por essa doença preocupante.

O boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) detalha a distribuição dos casos: sete em Manaus, três em Manacapuru, dois em Parintins e um em Nova Olinda do Norte. A divulgação desses dados cruciais ocorre semanalmente, precisamente às segundas-feiras, no site da Fundação. Este método sistemático tem sido crucial para o monitoramento constante da situação.

Para conter a propagação da doença, equipes multidisciplinares, compostas por membros de diversos órgãos, foram mobilizadas em uma vigorosa força-tarefa. Estas equipes têm se dedicado incansavelmente ao rastreamento meticuloso de casos suspeitos nos municípios afetados. Além disso, toda a rede de saúde, incluindo unidades privadas e públicas tanto na capital quanto no interior do estado, está agora direcionada ao atendimento cuidadoso de pacientes suspeitos de rabdomiólise.

A doença de Haff, embora identificada desde a década de 1920, permanece envolta em mistério. Sabe-se que está associada a uma toxina presente em peixes e crustáceos, mas a substância específica ainda não foi identificada pelos cientistas. O renomado infectologista André Siqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), esclarece que essa toxina, ao ser ingerida através dos frutos do mar, causa lesões musculares e pode inclusive afetar gravemente os rins. Contudo, ele enfatiza que a rabdomiólise pode ter diversas outras causas, incluindo traumatismos, atividades físicas excessivas, infecções, além do consumo de álcool e outras substâncias entorpecentes.

No que diz respeito ao tratamento, não há uma abordagem específica para a doença de Haff. No entanto, é possível controlar os sintomas associados. Entre os sintomas mais frequentes, observados nos casos confirmados, incluem-se dor muscular intensa, mal-estar, náuseas, fraqueza, dor abdominal, vômitos e, claro, a característica urina escura.

Vale ressaltar que o Brasil já vivenciou surtos anteriores da doença de Haff. O primeiro deles ocorreu em 2008, no Amazonas, e foi associado ao consumo de pacu. Contudo, um surto mais grave se deu em 2017, quando a Bahia registrou 71 pacientes com essa doença, 66 deles na capital Salvador. Desde então, casos suspeitos ou confirmados da doença também foram reportados em estados como Ceará, Alagoas, Pernambuco e Goiás.

O Dr. Siqueira enfatiza que, embora raros, esses surtos tendem a ocorrer em períodos de estiagem, especialmente nas regiões mencionadas. É um fenômeno que, embora raro, está intrinsecamente ligado às condições ambientais e pode desencadear alterações profundas no habitat dos peixes, levando a tais incidentes alarmantes.

A situação permanece sob vigilância intensa das autoridades de saúde, enquanto cientistas e pesquisadores continuam a busca pela identificação da toxina misteriosa, numa tentativa de entender melhor essa enfermidade peculiar e, assim, proteger a população contra futuros surtos.
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