USDA está impulsionando uma pesquisa valiosa que não apenas investigará o SARS-CoV-2 em vida selvagem, mas também contribuirá significativamente para nossa compreensão dos riscos para a saúde humana e a importância da conservação da biodiversidade em um mundo em constante evolução.
Prédio do Departamento de Agricultura em Washington D.C. |
No campo da pesquisa científica, uma doação substancial do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no valor de US$ 4,5 milhões está impulsionando um estudo crucial na Penn State University. O objetivo desta pesquisa é nada menos do que testar o SARS-CoV-2 em 58 espécies selvagens, com a finalidade de rastrear possíveis implicações para os seres humanos e o ecossistema como um todo.
Em um comunicado à imprensa divulgado recentemente, a Penn State anunciou que uma equipe de pesquisadores altamente qualificados está se preparando para coletar mais de 20.000 amostras de animais selvagens, que incluem desde esquilos orientais até guaxinins, passando por esquilos cinzentos, coiotes, ratos de patas brancas, alces, carcajus, três espécies de cervos e várias espécies de morcegos. Embora o SARS-CoV-2 já tenha sido identificado em 29 espécies, como o veado de cauda branca, muitas outras ainda não foram submetidas a testes.
Compreendendo a Persistência Viral em Ambientes Selvagens
Kurt Vandegrift, PhD, investigador principal e professor associado de biologia, enfatizou a importância desta pesquisa. Ele destacou evidências recentes de cervos em Nova York que mostraram a circulação contínua de variantes do SARS-CoV-2, que estavam ausentes há muito tempo entre os seres humanos. "A persistência viral é importante porque não só representa um risco iminente de repercussão para os humanos, mas também permite a evolução viral e o surgimento de variantes altamente divergentes para as quais os nossos diagnósticos, terapêuticas e vacinas poderiam estar mal preparados", afirmou Vandegrift.
Além disso, a presença do vírus em animais selvagens traz consigo o risco de propagação para animais agrícolas, o que, por sua vez, poderia ameaçar o abastecimento de alimentos, um elemento crítico da segurança alimentar. Portanto, entender a dinâmica da transmissão do SARS-CoV-2 entre a vida selvagem é de suma importância.
Vigilância Contínua e Avaliação de Transmissão
Os pesquisadores da Penn State adotarão uma abordagem rigorosa para coletar amostras de animais em várias ocasiões na mesma região. Isso permitirá que eles determinem se e como a transmissão do vírus está ocorrendo entre as espécies. Para isso, utilizarão um processo baseado em modelo que possibilitará a distinção entre hospedeiros sem saída (aqueles que não espalham o vírus) e aqueles que o fazem, tanto dentro quanto entre espécies.
É importante ressaltar que esta pesquisa não apenas lança luz sobre os potenciais riscos para a saúde humana, mas também destaca a necessidade de proteger a biodiversidade e preservar o equilíbrio ecológico. A relação entre o SARS-CoV-2 e as espécies selvagens é complexa e interconectada, e seu estudo é fundamental para nossa compreensão da pandemia em curso.
Colaboração Essencial para a Biossegurança
Além da equipe de pesquisadores da Penn State, essa pesquisa envolverá quatro co-investigadores principais e 40 pesquisadores de graduação. Eles colaborarão com os departamentos de pesca e caça do Alasca e da Califórnia, redes de reabilitação de vida selvagem, empresas nacionais de controle de pragas, a Catalina Island Conservancy e a empresa de biotecnologia Ginkgo Bioobras.
Matt McKnight, MBA, MPP, gerente geral de biossegurança da Ginkgo Bioworks, enfatizou a importância da colaboração entre governo, indústria e academia. Ele ressaltou a necessidade de construir uma infraestrutura de biossegurança sustentável, capaz de identificar ameaças biológicas, incluindo doenças zoonóticas, e fornecer alertas antecipados para apoiar a tomada de decisões informadas por parte das autoridades de saúde pública.
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