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Expansão do BRICS será tema central da cúpula em Johanesburgo
A cúpula do BRICS em Johanesburgo nos dias 22 e 23 de agosto terá como foco central a possível expansão do grupo, que originalmente era formado por Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC), antes da entrada da África do Sul em 2010. Atualmente, cerca de 40 nações já manifestaram interesse em se juntar ao bloco, das quais 22 fizeram pedidos oficiais.
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Aumento de integrantes pode enfraquecer identidade do grupo |
Os países membros estão discutindo internamente os princípios orientadores e critérios para a expansão do BRICS, buscando chegar a consenso sobre o processo. Cada integrante tem motivações diferentes quando o assunto é aumentar o número de países.
Rússia e China querem expandir BRICS, mas Índia resiste
A Rússia vê a ampliação do BRICS como uma forma de diminuir seu isolamento geopolítico gerado pela guerra na Ucrânia. Já a China considera o grupo uma ferramenta para moldar uma ordem mundial multipolar que limite a influência americana.
O Brasil e a África do Sul são favoráveis desde que os novos membros cumpram as regras estabelecidas. A Índia, por sua vez, resiste ao uso do BRICS pela agenda geopolítica chinesa, preferindo focar em cooperação econômica Sul-Sul.
Especialistas apontam que as divergências entre China e Índia são o principal obstáculo para a expansão, embora Pequim e Moscou sejam os maiores entusiastas. O objetivo do BRICS, sob a perspectiva sul-africana, é aumentar a representatividade dos países em desenvolvimento na governança global.
Os candidatos à adesão incluem Argentina, Venezuela e Egito, entre outros. O primeiro-ministro indiano Modi e o presidente iraniano Raisi discutiram recentemente a possibilidade de Teerã se juntar ao grupo. Bangladesh também foi convidado pela África do Sul.
A Índia negou relatos de que é contra a expansão, embora deseje manter o foco do BRICS em iniciativas econômicas e financeiras entre nações do Sul Global. Já o Brasil reiterou que aceitará novos membros se as regras forem cumpridas.
Analistas apontam que, apesar das divergências, a grande procura por adesão ao BRICS demonstra a crescente projeção do grupo como alternativa de poder às nações desenvolvidas ocidentais. Porém, os diferentes interesses geopolíticos ainda são um desafio.
Caberá aos líderes na cúpula decidir se chegaram a um consenso para iniciar o processo de expansão. Um acordo dependerá da disposição em concentrar os BRICS na voz do Sul Global, em vez de disputas bilaterais como as sino-indianas. A África do Sul buscará aproximar as posições para uma decisão unânime dos membros.
Alguns pontos sobre os prós e contras de uma possível diluição do BRICS com a entrada de muitos novos membros:
Prós:
- Aumenta a representatividade e o peso político do grupo, dando mais voz ao Sul Global.
- Expande os mercados e oportunidades econômicas para os países membros.
- Fortalece o BRICS como polo de poder alternativo e contrabalanceia influência ocidental.
- Traz mais diversidade e amplia a base do grupo, com novos países de diferentes regiões.
Contras:
- Pode diluir o foco original e a identidade do BRICS com interesses muito dispersos.
- Dificulta a tomada de decisão e consensos com muitos integrantes na mesa.
- Novos membros menos desenvolvidos podem exigir mais recursos e apoio financeiro.
- Rivalidades regionais podem aumentar e gerar subgroups, enfraquecendo a união.
- Expansão descontrolada pode transformar o BRICS em um clube sem critérios ou benefícios claros.
O maior desafio será encontrar o equilíbrio ideal entre expansão e manutenção da essência e propósito originais do BRICS. O ingresso de novos membros terá prós e contras, cabendo uma análise cuidadosa pelos países fundadores.
AR News
Alguns pontos sobre os prós e contras da expansão do BRICS para o Brasil:
Prós:
- Amplia o acesso do Brasil a novos mercados consumidores nos países que ingressarem.
- Cria mais oportunidades de investimentos brasileiros em nações emergentes.
- Fortalece o papel do Brasil como líder na América do Sul, caso vizinhos como Argentina e Venezuela ingressem.
- Divide entre mais países os custos do banco de desenvolvimento e outras iniciativas conjuntas.
- Reforça o status do Brasil como representante do Sul Global em fóruns multilaterais.
Contras:
- Pode desviar o foco dos esforços brasileiros se muitos novos membros entrarem.
- Novos integrantes menos competitivos podem dificultar acordos econômicos e comerciais.
- Interesses muito díspares podem paralisar a tomada de decisão conjunta.
- Rivalidades regionais podem aumentar tensões e desentendimentos.
- Pode enfraquecer a identidade original e a eficácia do grupo.
- O peso relativo do Brasil no grupo será diluído com mais países.
Finalmente, o Brasil deve avaliar cuidadosamente os prós e contras de cada novo candidato e as implicações para os interesses brasileiros antes de apoiar uma expansão maior do BRICS.
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