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Os macabros "dedos na jarra" e a história de violência por trás deles

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Relíquia macabra: a história dos dedos em exibição no museu de Ohio


Dedos decepados de mulher assassinada testemunham história trágica

Em 1881, Mary Bach foi brutalmente assassinada por seu marido Carl Bach em Ohio, EUA. Durante o ataque, Carl decepou três dos dedos de Mary com uma faca. Originalmente preservados como evidência, os dedos acabaram sendo exibidos publicamente por mais de um século, atraindo curiosos e virando uma espécie de atração macabra.

Mary e Carl foram casados por 15 anos até que ela o expulsou de casa e conseguiu uma ordem de restrição contra ele. Carl havia ameaçado publicamente machucá-la e acabou a matando em outubro de 1881. Ele foi considerado culpado e condenado à forca em 1883.

Inicialmente, os relatos do assassinato retrataram Mary e seus três filhos com simpatia. Porém, na época da execução de Carl, a perspectiva dele passou a dominar, retratando-o como uma "vítima" e culpando Mary por sua morte.

Os dedos decepados de Mary durante o ataque foram preservados pelo xerife como evidência. Na década de 1890, o tribunal do condado passou a exibi-los ao público, junto com outros itens relacionados ao caso, como a faca usada no crime. O assassinato era visto como o mais sensacional da história local.

Em 1979, durante reformas no tribunal, os funcionários entregaram os "dedos na jarra" ao museu do condado, considerando a exibição macabra e de mau gosto. Por décadas, a peça atraiu curiosos, especialmente fãs de histórias bizarras e macabras. Estudantes locais chegaram a produzir camisetas aludindo aos "fatos e dedos" da cidade.

Em 2014, preocupado com o sensacionalismo em torno do artefato, o museu retirou os dedos da exposição pública para decidir o que fazer com eles. Havia receios sobre a exploração das partes do corpo de Mary Bach. Além disso, a comoção em torno dos "dedos" ofuscava a verdadeira história dela como vítima de violência doméstica.

A remoção gerou consternação em alguns, pois os dedos haviam se tornado parte da identidade local e de seu apelo sombrio para turistas. Em 2020, o museu voltou a exibi-los, mas agora contextualizando apropriadamente a violência sofrida por Mary e promovendo discussões sobre bem-estar social.

Diferente de restos indígenas em museus americanos, os dedos de Mary Bach não são abrangidos por leis de repatriação. Seus parentes nunca reivindicaram os restos para sepultamento adequado.

O caso expõe um paradoxo ético: a maioria das pessoas se opõe à exibição pública de corpos de seus próprios parentes, mas aceitam a exibição dos corpos de estranhos. Os "dedos na jarra" se tornaram tanto uma atração macabra quanto um símbolo de violência doméstica, ilustrando as complexas dinâmicas envolvendo ética, museus e artefatos relacionados a crimes.

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📙 GLOSSÁRIO:


🖥️ FONTES :
Com Agências :
The Finger Saga: One Museum’s Quest to Turn the Macabre into the Meaningful
The Public Historian, Vol. 40, No. 2 (May 2018), pp. 23–42
JSTOR
NOTA:

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