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HIV-1: Anticorpos neutralizantes podem levar à remissão

Estudo Revela como Anticorpos Amplamente Neutralizantes Influenciam o Controle Pós-Tratamento do HIV-1

Fragmentos do anticorpo EPCT112 bNAb (azul) descobertos no Institut Pasteur pela equipe de Hugo Mouquet, aqui formando um complexo com a proteína do envelope do HIV-1


Algumas pessoas com HIV-1 que receberam tratamento antirretroviral logo no início e mantiveram-no por muitos anos conseguem manter o vírus sob controle mesmo após interromper o tratamento. Contudo, os mecanismos por trás desse controle pós-tratamento não estão completamente claros.

Pela primeira vez, grupos de pesquisadores do Institut Pasteur, Inserm e da Paris Public Hospital Network (AP-HP), apoiados pela ANRS | As Doenças Infecciosas Emergentes, investigaram e revelaram como os anticorpos neutralizantes, incluindo aqueles conhecidos como amplamente neutralizantes, contribuem para esse controle viral. As descobertas foram publicadas na revista Cell Host & Microbe.

Anticorpos Amplamente Neutralizantes no Controle Pós-Tratamento do HIV-1: Um Novo Capítulo na Terapia

O termo "controladores pós-tratamento" é usado para descrever indivíduos raros com HIV-1 que iniciaram tratamento cedo e o mantiveram por vários anos, sendo capazes de controlar o vírus após a interrupção do tratamento. Esses casos foram identificados há algum tempo, especialmente através do estudo VISCONTI, que reuniu a maior coorte de controladores pós-tratamento de longo prazo na França.

Embora os mecanismos de controle viral que permitem a remissão a longo prazo da infecção pelo HIV-1 sem tratamento antirretroviral ainda não sejam totalmente compreendidos, esses casos oferecem uma oportunidade única para aprofundar nossa compreensão dos fatores ligados ao controle da infecção pelo HIV-1.

Um estudo liderado pela Unidade de Imunologia Humoral do Institut Pasteur, juntamente com a equipe do Dr. Asier Saéz-Cirión, avançou ainda mais nesse conhecimento. A pesquisa anterior, realizada em 2020, já havia indicado uma resposta imunológica eficaz e robusta de anticorpos ao HIV-1 em alguns desses controladores pós-tratamento. Agora, o novo estudo investigou o papel específico dos anticorpos em um caso de "controlador pós-tratamento", que apresentava níveis elevados de anticorpos amplamente neutralizantes. A descoberta revelou que a remissão provavelmente estava associada à ação desses anticorpos.

O anticorpo EPTC112, um membro ativo da família de anticorpos amplamente neutralizantes, é capaz de neutralizar cerca de um terço das 200 variantes virais do HIV-1 testadas em laboratório. Além disso, pode induzir a eliminação de células infectadas em colaboração com as células natural killer (NK), que fazem parte do sistema imunológico e eliminam células anormais.

Essa pesquisa trouxe informações valiosas sobre como os anticorpos neutralizantes, em especial os da família EPTC112, influenciam a trajetória da infecção pelo HIV-1 em um dos controladores pós-tratamento da coorte VISCONTI. Mesmo que o vírus no indivíduo em estudo tenha desenvolvido resistência ao anticorpo EPTC112, ele ainda foi suscetível a outros anticorpos anti-HIV-1 presentes no sangue do indivíduo. Isso sugere que os anticorpos EPTC112 exercem pressão seletiva sobre o vírus, contribuindo para sua supressão.

Embora o vírus tenha conseguido escapar dos efeitos desses anticorpos específicos, ele permaneceu sensível à neutralização por outros tipos de anticorpos anti-HIV-1 produzidos pelo indivíduo. Isso aponta para uma possível colaboração entre diferentes populações de anticorpos neutralizantes.

A ligação entre a produção de anticorpos neutralizantes, incluindo os amplamente neutralizantes, e o controle do HIV-1 é uma descoberta empolgante. O estudo sugere que entender melhor essa relação poderia levar a avanços na terapia do HIV-1. Há planos para um estudo clínico de Fase II que envolverá a administração de anticorpos amplamente neutralizantes em pacientes na fase primária da infecção pelo HIV-1, com o objetivo de determinar se esses anticorpos podem induzir remissão viral após a interrupção do tratamento antirretroviral. O estudo será conduzido por um consórcio entre o Institut Pasteur, AP-HP, Inserm e a Rockefeller University em Nova York, e espera-se que comece antes do final de 2023.



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