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China incentiva avanço do autoritarismo no Sudeste Asiático

Liberdade de imprensa e direitos LGBTQ+ sob ataque na Ásia

Declínio democrático no Sudeste Asiático reflete tendência global



A história mostra que nenhum regime autoritário é permanente.

O Sudeste Asiático vive um momento crítico para o futuro da democracia na região. Conquistas importantes nas últimas décadas, como a queda da ditadura de Marcos nas Filipinas em 1986, agora parecem ameaçadas diante de novas ondas de autoritarismo e nacionalismo.

O retorno de Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr, filho do ditador, à presidência das Filipinas em 2022 preocupa ativistas. Seu governo manteve ataques à imprensa iniciados por seu pai, como o fechamento da maior emissora do país, a ABS-CBN. Outros líderes no Camboja, Tailândia e Mianmar também adotam posições autoritárias, ignorando regras democráticas básicas.

A ascensão da China como modelo de desenvolvimento econômico sem democracia encoraja esse autoritarismo. Líderes no Sudeste Asiático veem poucas consequências em abandonar a democracia, já que vizinhos não interferem em assuntos internos, seguindo a política de não-intervenção da ASEAN.

Isso ficou evidente na crise de Mianmar em 2021. Após o golpe militar que derrubou o governo eleito de Aung San Suu Kyi, a ASEAN não condenou a violência da junta contra civis. O país mergulhou em um conflito armado que perdura até hoje, com jornalistas sob grave ameaça.

A Indonésia ainda é considerada uma democracia sólida, mas sua estabilidade será testada nas eleições presidenciais de 2024. Candidatos com visões autoritárias, como o general Prabowo Subianto, desafiam a tradição democrática construída desde a Reformasi nos anos 1990.

Ativistas LGBTQ+ temem uma escalada na repressão caso esses candidatos sejam eleitos, em nome de leis "moralizantes". A homofobia está em ascensão em toda a região, como mostra a interrupção de um show da banda The 1975 na Malásia após um beijo gay no palco.

Para analistas, a liberdade de imprensa e os direitos LGBTQ+ são termômetros cruciais da saúde democrática no Sudeste Asiático. Onde esses direitos são violados, a democracia como um todo está ameaçada. Infelizmente, essa tendência autoritária vem se disseminando nos últimos anos.

O jornalista Joshua Kurlantzick classifica o Timor-Leste como o país mais democrático da região atualmente. Ele prevê um continuado declínio democrático em 2023, com poucas "semi-democracias" restando no Sudeste Asiático. A repressão à mídia independente se acentua em várias nações.

Essa onda autoritária regional ocorre em paralelo ao crescimento da extrema-direita e do populismo em países ocidentais. Na Europa e nos Estados Unidos, setores do eleitorado se voltam contra o pluralismo democrático em nome de líderes nacionalistas autoritários.

Os desafios globais da democracia enfraquecem as pressões externas sobre nações do Sudeste Asiático para melhorar seus padrões de direitos humanos e liberdades civis. Ativistas dentro desses países provavelmente encontrarão ambiente ainda mais hostil nos próximos anos.

Porém, eles mantêm a esperança de que a defesa de valores democráticos e direitos de minorias, apesar das dificuldades, ainda pode gradualmente alterar essas sociedades. Mudanças de dentro, através de participação cidadã, são mais efetivas do que pressões externas.

O Sudeste Asiático vive um momento decisivo. As próximas eleições presidenciais na Indonésia e as políticas adotadas por novos líderes como Marcos Jr nas Filipinas moldarão o futuro da região. Ativistas se preparam para intensificar a luta em defesa da democracia diante de desafios enormes.

Embora o autoritarismo esteja em ascensão, a chama da liberdade ainda arde em setores da sociedade civil. Com perseverança e solidariedade, esse espírito democrático pode resistir aos novos ventos anti-democráticos, tanto regionais quanto globais. A história mostra que nenhum regime autoritário é permanente.


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