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Alienação Parental: quando a vingança se sobrepõe ao bem-estar da criança

Alienação Parental: a influência maligna de um genitor sobre o outro



Psicoterapia e Alienação Parental

Introdução

A alienação parental é um fenômeno complexo que afeta muitas famílias após separações conflituosas. Trata-se de um conjunto de sintomas psicológicos observados em crianças que passam a rejeitar um dos pais sem justificativa, depois de terem tido anteriormente um bom relacionamento com ele. Essa rejeição geralmente é fruto de uma campanha de desmoralização feita pelo outro genitor.

A psicoterapia tem um papel fundamental no tratamento e prevenção da alienação parental. Por meio de técnicas apropriadas, o psicoterapeuta pode ajudar a restaurar o vínculo entre pais e filhos, além de tratar possíveis transtornos psicológicos já instalados na criança.

Neste artigo, discutiremos o que é a alienação parental, suas causas, sintomas e consequências. Em seguida, abordaremos o papel da psicoterapia no contexto da alienação parental, explorando as técnicas mais indicadas e os principais desafios enfrentados pelo psicoterapeuta.

O que é alienação parental?


A alienação parental consiste em um conjunto de sintomas observados em crianças que, sem justificativa, passam a rejeitar um dos pais, denigrindo-o e transformando-o em objeto de ódio imotivado. Essa rejeição é fruto de uma campanha de desmoralização conduzida pelo outro genitor, que faz comentários depreciativos e induz a criança a tomar partido no conflito conjugal.

O termo “alienação parental” foi cunhado pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, em meados da década de 1980. Ele definia o fenômeno como uma “desordem que surge principalmente no contexto de disputas de custódia entre os pais. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação”.

Segundo Gardner, a alienação parental surge mais comumente quando os pais se separam de forma muito conflituosa. Um dos genitores, por raiva ou ressentimento, passa então a denegrir a imagem do outro sistematicamente na frente dos filhos. Com o passar do tempo, as crianças introjetam essa visão negativa e passam a rejeitar esse genitor sem razão aparente.

Causas da alienação parental


A alienação parental não surge do nada. Há diversos fatores que podem levar um genitor a induzir a rejeição do outro por parte dos filhos, incluindo:

  • Desejo de vingança contra o ex-cônjuge;
  • Ciúmes da criança ter carinho pelo outro genitor;
  • Sentimento de posse em relação aos filhos;
  • Incapacidade de separar as questões conjugais das questões parentais;
  • Transtornos psicológicos, como narcisismo patológico e borderline;
  • Além disso, a disputa judicial pela guarda dos filhos também pode acirrar os ânimos e instigar comportamentos alienantes. Muitas vezes, o genitor alienante age dessa forma na expectativa de ganhar a guarda exclusiva ao conseguir que a criança rejeite o outro pai.

De qualquer forma, é importante ressaltar que induzir a alienação parental é uma forma de abuso psicológico contra a criança. O genitor que promove essa campanha de desmoralização está priorizando seus próprios interesses em detrimento do bem-estar emocional do filho.

Sintomas da alienação parental


A alienação parental se manifesta por meio de diversos sintomas observados na criança alienada, que podem ser agrupados em três categorias:

Sintomas relacionados a campanha de desmoralização:


  • A criança faz acusações absurdas e infundadas contra o genitor-alvo;
  • Repete de forma automática as críticas feitas pelo genitor alienante;
  • Usa termos e expressões que não condizem com seu vocabulário habitual;
  • Justifica a rejeição com situações triviais do passado;

Sintomas relacionados à própria rejeição:


  • Nega a existência de boas experiências com o genitor rejeitado;
  • Não consegue fazer qualquer elogio ou demonstrar carinho pelo genitor;
  • Fica extremamente desconfortável na presença do genitor;
  • Recusa presentes, ligações e encontros com o genitor;

Sintomas relacionados a disfunções psicológicas:


  • Rebaixamento da autoestima;
  • Depressão e ansiedade;
  • Distúrbios de conduta;
  • Problemas de socialização;
  • Transtornos psicossomáticos.
Geralmente, quanto mais profunda e duradoura for a campanha de desmoralização, mais graves serão os sintomas de alienação parental apresentados pela criança. Por isso, é muito importante que o problema seja identificado e tratado o mais rápido possível.

Consequências da alienação parental


A alienação parental traz sérias consequências tanto para a criança quanto para o genitor alienado. Além da ruptura abrupta do vínculo entre eles, outros prejuízos podem surgir a médio e longo prazo:

Para a criança:

  • Transtornos psicológicos e problemas de socialização;
  • Queda no rendimento escolar;
  • Sensação de abandono e rejeição;
  • Perda da figura de autoridade do genitor alienado;
Para o genitor alienado:

  • Afastamento abrupto da vida dos filhos;
  • Restrições ao direito de visita e convivência;
  • Ruptura forçada do vínculo parental;
  • Estigma social e sofrimento emocional;
  • Problemas legais e financeiros.
Portanto, deixar a alienação parental seguir seu curso natural pode comprometer seriamente a saúde mental de todos os envolvidos. É fundamental que haja uma intervenção adequada para reconstituir os vínculos e reestruturar as relações familiares.



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O papel da psicoterapia


A psicoterapia tem um papel central na resolução e prevenção dos casos de alienação parental. Por meio de técnicas apropriadas, o psicoterapeuta pode ajudar a restaurar o vínculo entre pais e filhos, além de tratar problemas psicológicos já instalados na criança.

As principais contribuições da psicoterapia no contexto da alienação parental são:

  • Desconstruir a visão distorcida que a criança tem do genitor alienado;
  • Trabalhar as mágoas e ressentimentos envolvidos na rejeição;
  • Melhorar a comunicação e relacionamento entre as partes;
  • Tratar problemas emocionais já estabelecidos na criança;
  • Orientar os pais a como lidar com a situação;
  • Prevenir o agravamento do quadro;
  • Fornecer subsídios com acompanhamento psicológico.
Para isso, o psicoterapeuta conta com uma ampla gama de técnicas que podem ser utilizadas:

Técnicas cognitivo-comportamentais:


  • Questionamento socrático para desconstruir crenças;
  • Reatribuição cognitiva;
  • Análise das distorções cognitivas;
  • Registros de pensamento;

Técnicas psicodinâmicas:


  • Brincoterapia;
  • Ludoterapia;
  • Interpretação de desenhos;
  • Análise dos sonhos e fantasia;

Técnicas sistêmicas:


  • Genograma e mapa da família;
  • Resolução de problemas;
  • Trabalho com vínculos.
Além disso, as sessões em família também podem ser muito produtivas nos casos de alienação parental, ajudando a melhorar a comunicação e restaurar os vínculos entre pais e filhos.

Desafios do psicoterapeuta


Apesar de suas diversas técnicas e contribuições valiosas, o psicoterapeuta também enfrenta grandes desafios ao lidar com situações de alienação parental:

  • Resistência da criança em relação à terapia e ao genitor alienado;
  • Dificuldade em quebrar a “lavagem cerebral” promovida pelo alienante;
  • Genitor alienante que boicota ou impede a terapia;
  • Falta de preparo dos profissionais sobre o tema;
  • Risco de envolvimento emocional do terapeuta;
  • Limitações do setting terapêutico tradicional.
Para superar essas dificuldades, o psicoterapeuta precisa de muito jogo de cintura, criatividade e apoio da equipe multidisciplinar que frequentemente atua nesses casos. Além disso, manter Canais de comunicação com o judiciário também é essencial para viabilizar as intervenções necessárias.

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Considerações finais


A alienação parental é um grave problema, com sérias consequências emocionais quando não tratado adequadamente. Nesse contexto, o psicoterapeuta tem um papel central, podendo ajudar significativamente a restaurar os vínculos e minimizar os prejuízos por meio de técnicas apropriadas.

Entretanto, trata-se de um desafio complexo, que exige compreensão aprofundada do fenômeno e criatividade do profissional para superar os diversos obstáculos. Quando bem-sucedida, a psicoterapia representa a possibilidade de resgatar uma relação pai-filho perdida e restabelecer o direito fundamental da criança à convivência familiar.
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