Vigilância de águas residuais pode ser o melhor marcador da prevalência de COVID-19 na comunidade
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A vigilância de águas residuais pode ser a maneira mais precisa de rastrear a prevalência de SARS-CoV-2 na comunidade e identificar variantes preocupantes em meio ao aumento de testes domésticos de COVID-19, diminuição de relatórios de saúde pública e menos visitas de assistência médica devido a casos assintomáticos e à ampla disponibilidade de vacinas e tratamentos, pesquisadores da Universidade de Stanford relatam hoje no JAMA Network Open .
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A equipe realizou uma análise de série temporal dos dados de vigilância de águas residuais de 268 condados em 22 estados dos EUA de janeiro a setembro de 2022 e ofereceu uma estratégia para as comunidades usarem as métricas de águas residuais SARS-CoV-2 em meio ao declínio da confiabilidade dos métodos convencionais de vigilância. O período do estudo ocorreu durante a predominância da variante SARS-CoV-2 Omicron.
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Os principais resultados do estudo foram casos de COVID-19 altos no condado (pelo menos 200 casos por 100.000 pessoas) e hospitalizações (10 ou mais por 100.000 2 semanas após os relatórios de casos) por trimestre em 2022.
Desafios na interpretação dos resultados de águas residuais
Mais de 70 países e 3.500 locais relatam dados da COVID-19 em um painel global. Nos Estados Unidos, a maioria das comunidades com populações de pelo menos 3.000 pessoas que conduzem métricas de relatórios de vigilância de águas residuais ao Sistema Nacional de Vigilância de Águas Residuais (NWSS) dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Os pesquisadores usaram esses dados para seu estudo.
Mas, eles disseram, o NWSS recomenda que “estimativas pontuais de infecção na comunidade com base em medições de águas residuais não sejam usadas para moldar políticas”, principalmente porque a quantidade de pessoas infectadas por vírus lançadas no esgoto não foi bem caracterizada.
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“A adoção da vigilância de águas residuais para informar a política pública ainda não se generalizou, em parte devido aos desafios na interpretação dos resultados com métodos de detecção de mudança, cepas de vírus, populações atendidas e dinâmica das águas residuais”, escreveram os pesquisadores.
No primeiro trimestre de 2022, o uso do percentual de águas residuais (concentração viral de águas residuais em relação ao máximo do condado) detectou com precisão altas taxas relatadas de casos de COVID-19 (área sob a curva [AUC], 0,95) e hospitalização (AUC, 0,86). Mas a alteração percentual de 15 dias no SARS-CoV-2 (métrica de alteração percentual) teve um desempenho ruim, com AUCs de 0,51 a 0,57 para novos casos e 0,50 a 0,55 para hospitalizações nos três primeiros trimestres.
A pontuação do índice de Youden (outra medida da precisão do teste) para vigilância de águas residuais de alta incidência no condado foi de 51% (sensibilidade, 0,82; especificidade, 0,93), e um modelo que usou as pontuações dos índices AUC e Youden não teve melhor desempenho do que o percentil das águas residuais sozinho .
Protegendo grupos de alto risco
A determinação rápida da incidência de COVID-19 na comunidade pode orientar a triagem em hospitais, instalações residenciais, escolas e reuniões comunitárias; mobilizar suprimentos de tratamento; e preservar a capacidade hospitalar, disseram os autores. E como o CDC parou de compartilhar publicamente os dados de casos de COVID-19 em maio de 2023, a vigilância da água é provavelmente a maneira mais precisa de monitorar infecções.
Os pesquisadores sugeriram que os condados que realizam vigilância de águas residuais e relatam dados ao CDC NWSS poderiam usar uma medida agregada da porcentagem de concentração máxima de SARS-CoV-2 em águas residuais para estimar a prevalência de COVID-19 no condado.
“Condados com um registro de dados históricos mais longo, desde pelo menos janeiro de 2022, geralmente fornecem as estimativas mais confiáveis”, escreveram eles. “Demonstramos que a vigilância de águas residuais pode ser operacionalizada para cumprir os objetivos relevantes de políticas públicas de conscientização pública sobre a verdadeira incidência de SARS-CoV-2 e implementação de ações adicionais especificamente projetadas para proteger populações medicamente vulneráveis”.
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