Leia outros artigos :
 |
| repressão cubana |
.png "Logo AR NEWS NOTÍCIAS 24 horas") |
| AR NEWS NOTÍCIAS 24 horas |
AR NEWS: Brasil, Maceió ,14/10 de 2022
Por Javier Herrera
Recentemente surgiu a notícia de que o presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu oficiosamente ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que retirasse Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.
Para contextualizar um pouco, é preciso destacar que Cuba voltou à lista de desprezíveis após as discussões de paz na ilha, onde Cuba atuou como fiadora e anfitriã das negociações entre o rebelde e comunista Exército de Libertação Nacional (ELN) e o colombiano Governo chegou ao fim.
Em 17 de janeiro de 2019, em meio a conversas de paz, o ELN explodiu um carro-bomba contra a escola de treinamento para policiais em Bogotá, deixando 23 mortos e mais de 100 feridos.
🔵Para as últimas manchetes, siga nosso canal do Google Notícias on-line ou pelo aplicativo. 📰 aqui
Como resultado desses acontecimentos, o então presidente colombiano, Ivan Duque, pôs fim às negociações de paz e emitiu um mandado de prisão contra líderes guerrilheiros, pedindo a extradição de Cuba. Cuba se recusou a extraditar comandantes guerrilheiros argumentando que isso não havia sido considerado em acordos pré-conversação e concedeu-lhes asilo e proteção, o que foi usado para colocar Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo.
Continue a leitura após o anúncio:
🖥️ FONTES :
Em uma ação sem precedentes, o governo cubano informou – através de seu embaixador em Bogotá, José Luis Ponce-, o governo colombiano sobre possíveis ameaças de ataque em Bogotá, organizadas pelo grupo terrorista. Depois que Cuba forneceu esta informação, o ELN emitiu um comunicado que nega a responsabilidade e a organização desses ataques, mas exonerou seus líderes protegidos em Cuba dizendo que estão lá para proteger a paz, não para planejar ações de combate ou ataques. Enquanto isso, o governo colombiano aproveitou a situação para reiterar seu pedido de extradição, que Cuba mais uma vez negou.
Desde que chegou ao poder Gustavo Petro, ex-guerrilheiro e velho amigo do regime cubano, o governo colombiano tentou influenciar a retirada de Cuba desta lista. Assim, Petro agora se junta a muitos congressistas colombianos que enviaram uma carta à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, à presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, e à presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Csaba Kőrösi, pedindo que Cuba seja retirado da lista de patrocinadores do terrorismo.
Se alguém quiser fazer uma análise moderadamente séria da posição de Cuba em relação ao terrorismo, basta voltar à forma como o atual regime chegou ao poder, bem como suas relações internacionais.
O governo cubano chegou ao poder em 1959, após uma sangrenta guerra civil, liderada por um governo ilegítimo e uma guerrilha rural, com representação nas cidades que usaram táticas terroristas para causar estragos e desestabilizar o governo.
Depois que as forças guerrilheiras venceram e chegaram ao poder, já em 1959, começaram as expedições militares de Cuba.
Embora Cuba só reconheça seu envolvimento militar em cinco ocasiões: Argélia, Síria, Congo, Angola e Etiópia, as tropas cubanas foram documentadas lutando em pelo menos 11 ocasiões em diferentes partes do mundo. Destaca-se a fracassada expedição ao Panamá com o objetivo de desencadear um movimento revolucionário em 1959; a fracassada expedição à República Dominicana para derrubar a ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, em aliança com a comunidade dominicana do exílio; e em 1963 e 1967, expedições fracassadas de militares cubanos para tomar o poder na Venezuela e estabelecer um governo amigo de Cuba e garantir o abastecimento de petróleo da ilha.
Podemos acrescentar às aventuras militares de Cuba a criação, treinamento, apoio logístico e até mesmo a liderança militar de forças guerrilheiras em todo o mundo, com foco especial na América Latina.
No que diz respeito à relação de Cuba com a América Latina, é importante destacar que Cuba promoveu forças guerrilheiras rurais e urbanas em lugares como Chile, Argentina, Colômbia, Uruguai, Brasil e em outros lugares em diferentes ocasiões.
Todo mundo sabe das aventuras de guerrilha de Ernesto “Che” Guevara na Bolívia, depois de fracassar em sua tentativa de liderar uma insurreição no Peru. Também é sabido que Cuba recrutou e treinou a força guerrilheira criada pelo jornalista Jorge Ricardo Masetti no nordeste da Argentina.
Também é de conhecimento público que dezenas de terroristas de diferentes organizações buscaram refúgio seguro em Havana nos últimos 60 anos, incluindo:
-JoAnne Deborah Chesimard (Assata Shakur), que é a única mulher na lista de fugitivos mais procurados do FBI.
– Charlie Hill, um veterano do Vietnã, Hill é procurado pelo assassinato de um policial no Novo México e pelo sequestro de um avião da TWA.
- Joseba Sarrionandia, escritor basco e ex-membro da organização terrorista ETA, que fugiu da prisão há 31 anos, sem paradeiro desconhecido, mas disse que leva "uma vida normal" em Havana há anos. Ele voltou para a Espanha em 2021.
Se as evidências fornecidas acima não parecem suficientes para provar o envolvimento de Cuba em conspirações terroristas internacionais, então você também tem o envolvimento da ilha em ações subversivas no Chile, Bolívia e Colômbia nos últimos anos, onde funcionários diplomáticos cubanos foram pegos com grandes somas de dinheiro em meio a protestos violentos.
Mas se houver uma sombra de dúvida de que o governo cubano pertença à lista dos Estados patrocinadores do terrorismo, basta olhar para o apoio incondicional do atual governo à invasão russa da república soberana da Ucrânia.
Por último, gostaria de dizer que Cuba não restringiu seus esforços terroristas a terras estrangeiras. Cidadãos cubanos também são alvo dos ataques terroristas do regime no poder.
Nos últimos dois anos, protestos civis eclodiram em todo o país como resultado da crise generalizada que os cubanos comuns vêm sofrendo. Os protestos foram brutalmente reprimidos por um governo que não tem meios financeiros para comprar ambulâncias ou remédios, mas tem meios para construir hotéis e comprar os mais recentes equipamentos anti-motim.
Os manifestantes foram perseguidos por corpos de inteligência, presos, espancados, infectados com doenças mortais, como o caso de Ariel Ruiz Urquiola que foi infectado pelo HIV. Depois de serem torturados física e psicologicamente, os manifestantes capturados foram acusados de longas sentenças em julgamentos fraudulentos.
Jornalistas antigovernamentais são regularmente ameaçados, espancados, presos, têm seus direitos humanos básicos violados e até mesmo forçados ao exílio. Qualquer voz dissidente é perseguida e silenciada da pior maneira.
As condições acima mencionadas enviaram o povo cubano em massa pela selva centro-americana e em balsas cruzando o perigoso estreito da Flórida. Este êxodo foi lucrativo para o governo cubano, pois aumentou os preços das passagens aéreas e das acomodações e até criou uma rede de traficantes de pessoas que facilitam a viagem para os EUA.
Depois de analisar o exposto, gostaria que o presidente colombiano, ou alguém que defenda seus pontos de vista, me dissesse se realmente acredita que Cuba deveria ser retirada da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo dos Estados Unidos. Gostaria de saber se seu pedido vem de consciência e espírito civil ou se vem de sua relação amorosa com a esquerda e se o governo cubano lhe pediu para fazer isso. Gustavo Petro realmente se arrepende de seu passado terrorista e guerrilheiro? Ou ele apenas escolheu seguir seu ativismo terrorista de esquerda sob o pretexto de política?
Cada um dos argumentos deste artigo pode e será analisado em profundidade em artigos futuros, com evidências e relatos de testemunhas. Até lá, olhe você mesmo os fatos, busque informações e decida se Cuba deve permanecer na lista ou ser removida dela.
📙 GLOSSÁRIO:
Com Agências
O AR NEWS publica artigos de várias fontes externas que expressam uma ampla gama de pontos de vista. As posições tomadas nestes artigos não são necessariamente as do AR NEWS NOTÍCIAS.
Continue a leitura no site após o anúncio:
Tags
