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Desde o início da pandemia do COVID-19 , circula a narrativa de que de 4 a 80% dos casos são assintomáticos. No entanto, novas pesquisas constatam que a infecção assintomática é muito improvável, especialmente em pessoas não vacinadas.
O estudo, publicado esta semana no Open Forum Infectious Diseases , determinou a frequência de infecções assintomáticas por COVID-19 em uma coorte de profissionais de saúde vacinados e não vacinados.
Do Walter Reed National Military Medical Center (WRNMMC), os investigadores recrutaram profissionais de saúde negativos para PCR com 18 anos ou mais. O estudo decorreu de 25 de agosto de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, antes que as variantes mais infecciosas Delta e Omicron causassem a maioria das infecções por COVID-19.
Todos os meses, os pesquisadores coletaram amostras de soro da coorte para testar anticorpos COVID-19. Os participantes também preencheram um questionário de sintomas de infecção respiratória viral todos os dias em que apresentavam sintomas de COVID-19, bem como duas vezes por mês para estabelecer uma linha de base de saúde.
Os 34 sintomas incluídos nas triagens foram organizados dentro dos domínios nasal, garganta, olho, tórax, gastrointestinal, corpo/sistêmico e paladar/cheiro. A gravidade dos sintomas foi medida de 0 a 4, e os participantes também foram questionados se eles se sentiam em seu estado normal de saúde cada vez que completavam o questionário.
Os pesquisadores usaram um teste de Mann-Whitney para comparações não pareadas, aplicando a correção de Bonferroni para análises com comparações múltiplas. Eles examinaram as taxas de infecção assintomática em contraste com um valor hipotético de um teste binomial de 1 amostra.
O estudo contou com um total de 263 participantes, sendo 69,2% do sexo feminino e 30,8% do sexo masculino. A idade média foi de 41 anos, e a composição racial foi de 71,1% brancos, 12,9% negros, 10,3% asiáticos, 0,4% nativos havaianos/ilhas do Pacífico e 3,4% identidades raciais múltiplas.
Da coorte, 12 profissionais de saúde (4,6%) contraíram COVID-19. 10 foram diagnosticados com teste de PCR positivo e 2 foram diagnosticados por soroconversão com teste de PCR negativo. Nenhum dos participantes infectados era do mesmo domicílio ou departamento hospitalar.
Todos os 12 participantes infectados apresentaram sintomas de COVID-19. Os testes binomiais de 1 amostra descobriram que a taxa de sintomas de 100% seria extremamente improvável se a taxa real de infecção assintomática fosse de 50% ou mesmo 30%.
Os participantes que nunca foram diagnosticados com COVID-19 relataram uma pontuação média de 3,0 quando não se sentiam em seu estado de saúde habitual, em comparação com uma pontuação média de 4,7 entre os indivíduos infectados com COVID-19.
As descobertas mais notáveis do estudo foram que a infecção completamente assintomática por COVID-19 é rara em indivíduos não vacinados, e os sintomas de COVID-19 leve não são suficientemente distintos de outras infecções virais do trato respiratório superior.
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