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Manifestantes foram detidos durante protestos sem precedentes em julho contra a escassez de alimentos, o aumento dos preços e outras queixas.
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| Policiais à paisana detêm um manifestante antigoverno durante um protesto em Havana, Cuba, domingo, 11 de julho de 2021. Centenas de manifestantes saíram às ruas em várias cidades de Cuba para protestar contra a escassez de alimentos e os altos preços dos alimentos, em meio à nova crise de coronavírus. (Foto AP/Ramon Espinosa) |
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Pelo menos 57 manifestantes presos em Cuba durante a onda de manifestações sem precedentes do ano passado devem ser julgados nesta semana, disseram seus parentes.
Os parentes disseram na terça-feira que alguns dos manifestantes podem pegar até 30 anos de prisão.
Roxana Garcia, irmã do réu de 24 anos Andy Dunier Garcia, disse que foi informada de que os julgamentos devem durar de três a quatro dias. Seu irmão é acusado em Santa Clara de desordem pública, além de agressão e desacato à autoridade.
Ela disse que o advogado de defesa parecia estar fazendo um bom trabalho e acrescentou que as únicas testemunhas contra os réus são “os mesmos policiais que os espancaram”.
Na capital cubana, Havana, Yaquelin Cruz disse que seu filho de 20 anos, Dariel Cruz, enfrenta um pedido de acusação de 15 anos de prisão por sedição – tentativa de derrubar um governo legítimo. Ela disse que seu filho recentemente foi esfaqueado na prisão.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acusou as autoridades cubanas visadas de estarem envolvidas “em tentativas de silenciar as vozes do povo cubano por meio da repressão, detenções injustas e duras penas de prisão”.
Blinken disse que cerca de 600 manifestantes cubanos permanecem detidos, incluindo alguns que viram suas condições de saúde se deteriorarem e não têm acesso a alimentos ou medicamentos adequados.
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