Nova projeção vê mortes por COVID-19 no Brasil em quase 90.000 até agosto


Nova projeção vê mortes por COVID-19 no Brasil em quase 90.000 até agosto
Nova projeção vê mortes por COVID-19 no Brasil em quase 90.000 até agosto

O Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington está projetando quase 90.000 mortes no Brasil relacionadas ao COVID-19 no início de agosto.


A análise inclui previsões para oito dos 26 estados brasileiros que foram os primeiros a ter mais de 50 mortes, incluindo São Paulo, com quase 37.000 mortes projetadas, para o Paraná com pouco menos de 250 mortes.

"As projeções do IHME para mortes no Brasil indicam claramente que o sistema de saúde do país está enfrentando um desafio assustador", disse o diretor do IHME, Dr. Christopher Murray. "Nosso objetivo ao anunciar essas descobertas é informar aos formuladores de políticas a melhor forma de gerenciar e mobilizar o COVID-19".

A previsão atual do IHME dura até 4 de agosto e, como Murray observou, as projeções do Instituto mudarão à medida que novos dados forem adquiridos e analisados. Estados adicionais serão adicionados às próximas previsões. Flutuações são esperadas.

A análise do Instituto conclui que haverá 88.305 mortes no Brasil, com uma faixa possível de 30.302 e até 193.786 até 4 de agosto. Inclui oito dos 26 estados do país. 


Por estado, os resultados são:
São Paulo: 36.811 óbitos projetados até 4 de agosto, com variação de 11.097 a 81.774
Rio de Janeiro: 21.073 mortes projetadas até 4 de agosto, com um intervalo de 5.966 a 51.901
Pernambuco: 9.401 mortes projetadas até 4 de agosto, com faixa de 2.468 a 23.026
Ceará: 8.679 mortes projetadas até 4 de agosto, com variação de 2.894 a 18.592
Maranhão: 4.613 mortes projetadas até 4 de agosto, com um intervalo de 868 a 12.661
Bahia: 2.443 mortes projetadas até 4 de agosto, com um intervalo de 529 a 8.429
Paraná: 245 mortes projetadas até 4 de agosto, com faixa de 170 a 397

As descobertas de hoje seguem pedidos dos líderes da saúde para projeções de mortes e outras preocupações relacionadas ao COVID-19, como recursos hospitalares necessários para ajudar a lidar com a pandemia. As estimativas do IHME mostram que o Brasil enfrenta uma escassez de mais de 3.000 leitos de UTI, com a diferença que deve crescer. Alguns estados brasileiros também estão sofrendo escassez aguda. Estima-se um déficit de mais de 3.000 leitos hospitalares e mais de 1.000 leitos de UTIs no Amazonas a partir de 12 de maio e, em São Paulo, um déficit de mais de 1.000 leitos de UTIs.

"É importante que países e regiões analisem atentamente a capacidade hospitalar, as necessidades de recursos e a trajetória contínua de casos de coronavírus", disse Jarbas Barbosa, diretor assistente da Organização Pan-Americana da Saúde. “A epidemia na América Latina está chegando mais tarde que na Europa. Este é um momento para estar vigilante, observar os dados e implementar as medidas relevantes de saúde pública. ”

Murray observou que sua organização trabalhou em estreita colaboração com os funcionários da OPAS e outros membros de sua rede de colaboradores, totalizando agora mais de 5.000 pessoas em mais de 150 países.

As previsões do Instituto para todos os países e regiões são baseadas em um modelo híbrido. O modelo IHME lançado em 26 de março para estimar a demanda de recursos hospitalares agora é combinado com um modelo de transmissão de doenças. O novo modelo captura o impacto de mudanças nos mandatos de distanciamento social, mudanças na mobilidade e testes e rastreamento de contatos. Permite prever um ressurgimento se e quando mais mandatos de distanciamento social forem relaxados.

"Este novo modelo é a base para a estimativa preocupante de mortes no Brasil e em outras nações", disse Murray. “O modelo permite atualizações regulares à medida que novos dados são divulgados sobre casos, hospitalizações, mortes, testes e mobilidade. Ele pode informar as decisões sobre o mandato e, posteriormente, facilitar as políticas de distanciamento social para minimizar o risco de infecções. Como em todas as nossas previsões, elas serão atualizadas rotineiramente e novos dados serão adicionados conforme disponíveis. ”

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