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Crise da saúde em Alagoas foi tema do discurso do senador Fernando Collor

CRISE DA SAÚDE EM ALAGOAS É TEMA DE DISCURSO NO SENADO

A situação da saúde pública em Alagoas foi tema do discurso do senador Fernando Collor (PTB-AL), na tarde desta quarta-feira (27), no Senado Federal. Ele usou dados do Sindicato dos Médicos (Sinmed) e do Conselho Regional de Medicina (Cremal), que mostram o fechamento de unidades de saúde e as deficiências estruturais e de pessoal. Collor definiu o quadro como caótico e criticou a "inoperância", a "letargia" e a "falta de compromisso" do governo do Estado com o setor.

Segundo o senador, desde a carência de unidades, leitos e equipamentos, até as condições de trabalho, baixos salários e insuficiência de profissionais, tudo tem contribuido para colocar o atendimento médico-hospitalar do Estado "na UTI". Ele destacou que a população já não tem a quem recorrer. "Para se ter uma ideia, dados do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), mostram que hoje, 45 hospitais públicos estão fechados no interior de Alagoas, e as duas principais unidades de emergência vivem superlotadas". 

O senador citou textualmente uma declaração do Cremal, segundo a qual, "É notório que não existe uma política voltada para a saúde, como concursos para o Sistema Único de Saúde para áreas mais remotas e plano de cargos e carreira", e abriu aspas, também, para a manifestação do Sindicato dos Médicos de Alagoas, que diz o seguinte: "A saúde pública do Estado de Alagoas é a pior do Brasil e a inércia do governador faz os números negativos crescerem dia após dia. Sem exagero, a situação é de completa miséria."

Ainda citando dados do Cremal, Collor destacou que, por causa da defasagem salarial e da falta de estrutura, a população médica em atividade no Estado está hoje, com idade média de 49 anos, porque os mais novos vão em busca de oportunidades em outros estados. Além disso, segundo ele, 95% dos médicos do Estado estão concentrados na capital.

"Chegamos ao cúmulo de o governo do estado manter ‘contratos de boca’ com médicos no interior, sem falar nos baixíssimos salários que oferece a esses profissionais. Ou seja, o governo estadual comanda a saúde no interior por meio de mecanismos irregulares, ilegais e até vergonhosos", denunciou Collor.
Ele se referiu à greve de dois meses realizada pelos médicos da rede estadual, denunciou a situação da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, que vive momento difícil, pela falta de recursos, e "ao invés de ajudar o hospital a encontrar soluções para a crise, o governo simplesmente cancela o convênio do estado com a entidade filantrópica", e citou a paralisação recente dos médicos legistas, em protesto contra o descumprimento, por parte do governo, de acordo salarial firmado com a categoria. 

Acrescentou, ainda, um dado do Sindicato dos Médicos, segundo o qual, faltam médicos para realizar procedimentos cirúrgicos em recém-nascidos, gerando uma fila de mais de 70 crianças aguardando procedimento cirúrgico no coração. "Não bastasse o cenário caótico do sistema educacional, da segurança pública e do combate à mais terrível seca que assola a região, a população alagoana, agora não tem mais a quem recorrer quando vê sua família doente, necessitada e desamparada", disse o senador. 

Manifestando solidariedade a todos os profissionais que atuam no setor, em Alagoas, Collor destacou que não há mais tempo a perder. "O governo tem que valorizar os profissionais de saúde, investir nas unidades de atendimento, dialogar com as categorias e buscar soluções emergenciais, criativas e definitivas. Um bom começo é deixar de tratar a Secretaria de Saúde como mero instrumento de acomodação de seus correligionários políticos", finalizou o Senador.
27/02/2013 - Assessoria de Imprensa


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