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Quem lembra disso?



Quem lembra disso? 

Quando o Programa Saúde da Família foi implantado, em 1994, o objetivo era capacitar os municípios na atenção básica à saúde, fazendo medicina preventiva, revertendo o modelo assistencial vigente em que (ainda) predomina o atendimento emergencial ao doente - no caso de Alagoas, no HGE...

O médico do PSF trabalharia 40 horas semanais, em postos de saúde adequadamente aparelhados e fariam visitas domiciliares aos pacientes. Ganhariam para isso remuneração equivalente a 30 salários mínimos - hoje seriam R$ 20.340,00. Os municípios teriam equipes multiprofissionais que ficariam responsáveis por até 2.400 pessoas. Cada equipe teria um médico.

Aqui em Alagoas, nunca um gestor pagou salário equivalente a 30 salários mínimos a médico nenhum do PSF. A maioria dos municípios também nunca teve número adequado de equipes para atender toda a população. Maceió, por exemplo, tem cobertura de PSF inferior a 30% da população. E é a capital.

Segundo os gestores - nas incontáveis rodadas de negociação para melhoria dos salários dos médicos do PSF em Alagoas, ao longo desses quase 20 anos - o Ministério da Saúde nunca foi muito pródigo no quesito "envio de recursos financeiros necessários ao programa", obrigando os municípios a complementar os salários
que nunca foram lá essas coisas.

Em 2011, antes da greve que levou à melhoria da remuneração em alguns municípios, a média salarial do médico do PSF em Alagoas era de R$ 4.000,00. Hoje, está em torno de R$ 6.500,00 com alguns municípios pagando menos e outros pagando até R$ 12 mil.

Sobre os postos aparelhados, estruturados para atendimento adequado à população, a falta de água nas torneiras, as paredes rachadas e mofadas, as mesas enferrujadas e outras "deficiências" existentes em postos de saúde pelo interior de Alagoas afora - dos mais próximos aos mais distantes municípios em relação à Capital - são detalhes que dispensam comentários.

E sobre PSF, todo mundo sabe que tem mais, muito mais o que se dizer. A precarização do trabalho do médico, os acordos para redução da carga horária devido aos baixos salários, etc. Fica para outra postagem.

SINMED

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