LOCAL DE TRABALHO ATRASA VOLTA DE MÉDICOS LEGISTAS



LOCAL DE TRABALHO ATRASA 

VOLTA DE MÉDICOS LEGISTAS 

Ainda não há definição quanto ao local de funcionamento do IML de Maceió, enquanto um novo prédio para o instituto não é construído. Por conta disso, os legistas continuam com as atividades suspensas. A mobilização da categoria merece elogios. Os legistas demonstraram coragem ao condicionarem a volta ao trabalho à indicação de um local que ofereça condições minimamente adequadas aos procedimentos de medicina legal. Apesar da liminar da Justiça declarando ilegal a greve, os legistas de Maceió não voltarão para o prédio do Prado. 

Em Arapiraca, a greve acabou depois que o governo concordou em melhorar as condições de trabalho, providenciado material de uso, instalação de um aparelho de raio-x e colocação de uma firma terceirizada de seguança no local. Além disso, a reivindicação sobre limpeza no IML também foi atendida. Uma firma terceirizada fará a manutenção do local, que tem que ser constante devido às matérias em decomposição que passam pelo instituto. 

Sobre os salários, o Sinmed negocia com a Secretaria de Gestão Pública a criação da carreira de Perito Médico Legista, com plano de vencimentos próprio. O projeto de bolsa para os peritos estaduais, encaminhado à Assembleia Legislativa, não contempla os pleitos dos médicos legistas, pois não atinge a média salarial nacional da categoria. Com a carreira própria de Perito Médico Legista deve ser implantado o piso salarial nacional. 



PRÉDIO – A ideia de transferir o IML para o necrotério do Hospital Sanatório não é bem vista pelos legistas, pelos médicos do Sanatório nem pelo Sinmed. O local não é adequado e não vai atender à demanda. A sugestão do Sinmed e dos legistas é que seja adaptado um prédio que fica atrás do CCBi, onde já funcionou a Faculdade de Direito e hoje funciona como bloco de salas de aula. O local, provisório, serviria enquanto se constroi um novo prédio. 

“Os legistas voltam a trabalhar assim que for destinado outro local para as necropsias. Exames de corpo de delito e de crimes sexuais podem até ser feitos no SVO. Mas transferir as necropsias para lá seria inviável. Quanto ao necrotério do Sanatório, achamos que não tem estrutura. Vamos aguardar o resultado da vistoria que será feita pela Vigilância Sanitária e pelo Cremal”, disse o presidente do Sinmed, Wellington Galvão. 

Ele disse que a crise atual teria sido evitada se o governo tivesse cumprido uma determinação judicial para transferência do IML ainda no ano passado. A decisão do dia 18/10/2011 foi confirmada pela desembargadora Elisabeth Carvalho, em resposta a um recurso do governo. Mesmo assim, o TJ/AL nunca exigiu que fosse cumprida. 

Já o Sinmed cumpriu todas as formalidades legais da greve dos legistas, inclusive enviando ofício ao Tribunal de Justiça de Alagoas sobre a paralisação. Quando os anestesistas suspenderam o serviço no SUS, o TJ/AL agiu rápido, atuou como mediador e a questão foi resolvida. No caso dos legistas, o Tribunal decretou a ilegalidade da greve, mesmo tendo conhecimento da situação do IML e da existência de uma decisão do próprio TJ, que o governo ignorou. “A ilegalidade da greve saiu rápido. Mas por que, até hoje, o TJ não exigiu o cumprimento da decisão judicial de transferência do IML?”, questionou Wellington Galvão.


Jornalista Responsável: Sandra Serra Sêca (MTE 359/AL) Sede: Rua Prof. Teonilo Gama, 186 – Trapiche da Barra – Maceió/Alagoas – Fone: (82) 3221.0461 - Delegacia em Arapiraca: Rua Esperidião Rodrigues, 87 Centro – Arapiraca/AL - Fone: 9905.6972 Site: www.sinmed-al.com.br e-mail: sinmedal@hotmail.com

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