GOVERNO TERÁ QUE MUDAR SEDE DO IML DE MACEIÓ : Legistas decidem não voltar ao antigo prédio da Faculdade de Medicina



GOVERNO TERÁ QUE MUDAR 

SEDE DO IML DE MACEIÓ 

Em greve, legistas decidem não voltar ao antigo prédio da Faculdade de Medicina por falta de condições de trabalho 



Entre todos os itens da pauta de reivindicação dos médicos legistas, em greve desde a última quinta-feira (21), dois são inegociáveis: a volta ao trabalho na atual sede do Instituto Médico Legal de Maceió – o antigo prédio da Faculdade de Medicina de Alagoas – e o salário de R$ 9.813,00, que é o piso salarial nacional da Fenam, para 20 horas semanais. 

Há muito tempo que o velho prédio do IML de Maceió não oferece as mínimas condições de trabalho. Em meados dos anos 2000, em uma reunião no Sinmed com o auditório lotado, o então secretário de Defesa Social, Robervaldo Davino, reconheceu a total falta de estrutura de funcionamento do IML de Maceió e prometeu que um novo prédio seria construído na parte alta da cidade. 

No atual governo, a promessa foi repetida, em audiência na SDS, pelo então titular da pasta, o ex-secretário Paulo Rubim. Como tudo não passou de promessa, a situação no IML de Maceió piorou crescentemente, até rornar-se insustentável. Agora, os legistas decidiram que não voltam para lá. 

A pauta de reivindicações da categoria não é das mais extensas. Dez itens básicos resumem seus anseios, destacando-se: uma nova sede para o IML de Maceió, implantação do piso salarial da Fenam, materiais e equipamentos mínimos necessários para os exames cadavéricos e demais procedimentos de perícia médico-legal, segurança nos local de trabalho, além da contratação de mais legistas. 

Nos dois IMLs de Alagoas atuam 30 legistas, sendo 16 e Maceió e os demais em Arapiraca. O número é insuficiente para a demanda. A sobrecarga de trabalho é grande. O salário é vergonhoso: R$ 2.600,00 para carga horária de 24 horas semanais. O salário reivindicado pelos grevistas é de R$ 9.813,00, que é o piso salarial nacional estipulado pela Federação Nacional dos Médicos para carga horária de 20 horas semanais. Além disso, os legistas reivindicam a realização de concurso público para a contratação de mais especialistas para atuarem tanto em Maceió como em Arapiraca. 

Na última sexta-feira (22), representantes do Sinmed e uma comissão de médicos legistas compareceram a uma audiência com o secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lages, e com o diretor geral da Perícia Oficial de Alagoas, coronel PM Roberto Liberato. A pauta de reivindicações foi discutida com os representantes do governo, que também conheceram, através de fotografias (chocantes), as vergonhosas condições de trabalho dos médicos no IML de Maceió. O secretário disse que discutirá o assunto com o governador – não apenas a pauta salarial, mas também a questão da mudança do prédio do IML da Capital e demais pleitos constantes da pauta. Até que o governo atenda às reivindicações, a greve prosseguirá.


Coluna Sinmed - DOMINGO, 24 DE JUNHO DE 2012



Jornalista Responsável: Sandra Serra Sêca (MTE 359/AL) Sede: Rua Prof. Teonilo Gama, 186 – Trapiche da Barra – Maceió/Alagoas – Fone: (82) 3221.0461 - Delegacia em Arapiraca: Rua Esperidião Rodrigues, 87 Centro – Arapiraca/AL - Fone: 9905.6972 Site: www.sinmed-al.com.br e-mail: sinmedal@hotmail.com

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