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O dia do fico Alagoano


O dia do Fico, como conta  a história faz referência ao príncipe regente Dom Pedro I que foi contra as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam sua volta a Lisboa, ficando assim no Brasil em 09 de janeiro de 1822. Este episódio prenunciou a declaração de independência do Brasil que viria a ser proclamada em 7 de setembro de 1822.


Em Alagoas , o fico foi bem diferente ! O Secretário de Estado e Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otavio Gomes Silva em seu quinto e prometido último artigo intitulado de Vida que segue retrocede  em não mais abandonar o cargo que somente vinha lhe trazendo "Angústias "! Escreveu  em um parágrafo a seguinte frase: "Tudo isso tenho dito, para quê? Para afirmar que, apesar de tudo o que passei e, mesmo tendo tomado uma decisão que para mim era irreversível, resolvi contrariar o meu cérebro e ficar com o coração". Com esta frase ele ficou!! 


Ao contrariar o cérebro e ficar com o "coração" (emoção),Luiz Otavio provavelmente quis demonstrar nas linhas pautadas uma grandeza de  atitude  pertencente a linhagem  aristotélica, que entende a felicidade como uma virtude humana e não como um simples jogo de política e interesses....


Dois dias após o julgamento no TSE do vale Cabra  que não cassou o Governador de Alagoas e produziu somente uma multa de R$ 10 mil,  LOG em 15 de dezembro de 2011 escreveu o seu quarto artigo, anterior ao Vida que Segue  intitulado  de Vida Pública  nos moldes de sua peculiar modéstia. Inicia o artigo citando uma frase de um Jornalista que trabalha em uma empresa do vice-governador de Alagoas : "De acordo com um conceituado e polêmico jornalista, estou me despedindo do governo de Alagoas em capítulos. Interessante a sua observação. Não tinha pensado nisso, mas é mais ou menos o que está acontecendo. Afinal, foi a partir dos três artigos anteriores que de fato acabei por construir, interiormente, a real necessidade de deixar a vida pública".

No decorrer de todo o texto de Vida Pública ,transparece o dualismo  programado na alma. No último parágrafo de Vida Pública  LOG cita que deseja continuar ajudando ao Governador e em outra frase diz que não sabe se deixará o governo agora ou um pouco mais adiante. " Eu, no limiar dos sessenta anos, não tenho feito outra coisa no governo. Pensar e raciocinar para que, auxiliando o sério e abnegado governador Teotonio Vilela, transformemos a nossa Alagoas. Mas estou pronto para seguir o sábio conselho de Danuza Leão. Só não decidi ainda se será agora ou um pouco mais adiante". 

Trilhando  uma veia literária com citações e metáforas LOG ,agora no seu "último artigo" utiliza o mesmo título de um filme de 2002 (Moonlight Mile), em português (Br)  Vida que Segue e em português de (Pt) ,Sonhos desfeitos.No filme a temática é quase sombria, triste. Não é uma obra de puro entretenimento, mas sim um mergulho nas dores do próprio cineasta que perdeu a noiva assassinada .Vida que Segue no filme é um expurgo de uma dor.E como será para Luiz Otavio  Vida que Segue ou Sonhos desfeitos com as eleições previstas em 2012 ? O expurgo ou a própria dor ?

O artigo Vida que Segue,nos presenteia com outra pérola de LOG , quando  afirma que aqueles que fizeram a leitura dos textos entenderam a sua mensagem! " Quem me acompanhou, por meio dos textos, entendeu claramente o meu estado de espírito. E mais, entendeu principalmente que um ciclo tinha se completado em minha vida " . Eu mesmo não consegui entender nada do que ele desejava  ! Parece que Luiz Otavio está sugerindo que as suas delongas metafóricas nos textos foram suficientes para explicar as acusações que foram publicadas nos jornais de São Paulo


Vida que Segue , conforme Luiz Otavio é o seu último artigo.Na minha opinião o texto passa uma impressão ao leitor de ter sido construído  em uma forma  anacrônica  pseudo-culturales nos ares de um mosaico poético citacional ! De John Lenon,Milton Hênio, Saint-Exupéry e o Dr. Socrátes entre os planos , a cativação e o viver o momento ,e o ser impossível viver sem sonhar de Graciliano Ramos, há a falta do mais importante que é o caminhar humano dentro da realidade,e esta  realidade que foi decantada no texto não o credencia a ser aclamado de forma uníssona  pelo cidadão ,porque com certeza   ela não está investida com a mesma frase condicionante do fico de D. Pedro : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico"..  

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