A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) defende a criação de uma lei que regulamente o reajuste anual dos honorários médicos, além das taxas hospitalares e reajuste das mensalidades dos planos de saúde. Em reunião da subcomissão especial da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o representante da Abramge, José Dagoberto Steinmeyer Lima, defendeu que os reajustes sejam tratados em lei, e não através de resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Para as entidades médicas brasileiras, o posicionamento da Abramge reflete os resultados da mobilização da classe médica, em luta por melhoria dos honorários. Desde a paralisação nacional de 7 de abril, o movimento médico intensificou a luta em todo o país com a categoria mostrando disposição de se descredenciar dos planos de saúde que não pagam honorários compatíveis com o trabalho da classe médica.
Essa mobilização se fortalece a cada dia e o próximo capítulo da luta médica será a paralisação, em São Paulo, do atendimento a dez planos de saúde, a partir do próximo dia 20. O movimento tem a adesão de 53 especialidades médicas e vai atingir 3 milhõe de usuários de planos de saúde. O movimento médico nacional entende que, somente com esse tipo de pressão, os planos de saúde poderão se dispor a negociar o reajuste dos honorários médicos.
Font:SINMED