Legionella provoca mortes no Hospital de Bragança



Bragança, 24 jun (Lusa) -- A Inspeção-Geral de Saude (IGAS) abriu um processo de averiguações relativo aos casos de duas mortes por infeção pela bactéria da legionella na Unidade Hospitalar de Bragança (UHB), confirmou hoje à Lusa fonte ligada ao processo.


Por outro lado, a IGAS vai avaliar se foram tomadas todas as medidas de proteção, analisar a prova documental e efetuar perícias, além de pretender ser informada sobre o estado de saúde dos pacientes que foram afetados na UHB de Bragança, avançou hoje fonte hospitalar.


Contactado o gabinete de comunicação e imagem do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), foi confirmado à agência Lusa que "a UHB tem estado em articulação desde o início do processo quer com a IGAS quer com a Direção-Geral da Saude e Delegação de Saúde Pública do Norte".



De acordo com fonte do gabinete de comunicação, citada pela agência Lusa, uma das mulheres, com 42 anos, está internada nos cuidados intermédios com "prognóstico reservado" e a outra, com mais de 60 anos, já teve alta. 

Foi esta última mulher que levou ao diagnóstico e à confirmação da presença da bactéria da legionella na água do hospital, segundo o gabinete de Comunicação do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), de que faz parte a unidade de Bragança. 

"O foco da contaminação é uma ala do quarto piso, o único do edifício do hospital de Bragança, com quase 40 anos, que ainda não sofreu obras e que tem ainda canalizações antigas", confirmou a mesma fonte.

A fonte confirmou que ambas as doentes deram entrada no hospital por "outros motivos" e estiveram internadas no quarto piso, onde funciona a especialidade de medicina. 

A mulher mais velha teve alta e acabou por regressar com um quadro clínico que se veio a confirmar ser "pneumonia por legionella". 

O caso ocorreu há mais de duas semanas e a direção comunicou de imediato à Delegação de Saúde Pública e à Direção-Geral de Saúde, que realizaram as análises que viriam a confirmar a presença da legionella nas canalizações do 4º piso. 

Segundo o gabinete de comunicação, "os resultados positivos chegaram quarta-feira e quinta-feira o hospital procedeu à desinfecção através da injeção de água a alto impacto nas canalizações". 

Durante a noite de quinta-feira foi realizada uma segunda desinfecção com cloro e lixívia concentrada e a água das torneiras do hospital só voltou a ser utilizada hoje pela 08h00, de acordo com a fonte. 

O hospital teve de recorrer à ajuda dos bombeiros para reabastecer o depósito esvaziado nas ações de desinfecção. 

Segundo o gabinete de comunicação, foi usada água engarrafada durante a realização destas medidas que ocorreram no período noturno em que há menos uso. 

Depois da desinfecção já foram recolhidas novas amostras para análise, cujos resultados só deverão ser conhecidos dentro de "duas semanas", adiantou ainda aquele gabinete. 

As autoridades sanitárias não ordenaram o encerramento do piso, que continua a funcionar com apenas a ala onde foi detectada a bactéria isolada.

Fontes:Correio da Manhã e Sapo notícias de Portugal em 24/06/2011


Poderá também gostar de:
LEGIONELLA HOSPITALAR -PNEUMONIA BACTERIANA (LEGIONELOSE)

Leia outros artigos :

Postar um comentário

0 Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.