Lívia Francez
Nesta quinta-feira (7) será comemorado o Dia Mundial da Saúde e, no Estado, está sendo organizado um ato público com o objetivo de conscientizar a população sobre o caos da saúde, que já é considerado um problema crônico no Estado, tendo se agravado nos seis anos de gestão Paulo Hartung. Os trabalhadores de instituições federais e estaduais devem participar dos protestos, na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória.
De acordo com Luceni Novaes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde-ES) e uma das organizadoras do ato público, o Estado não tem servidores suficientes para atender à demanda dos hospitais, já que são 16 anos sem concurso público na área de saúde e os trabalhadores que se aposentam não são substituídos por efetivos e sim por trabalhadores com contratos temporários, que trabalham sob pressão e acabam por abandonar os postos.
Ela alerta ainda para outro dado alarmante, que é a o índice de 75% de trabalhadores doentes em decorrência da pressão que sofrem no local de trabalho, da falta de recursos, de políticas salariais e de valorização. “O governo anterior se vangloriou de ter deixado a casa arrumada, mas deixou uma bagunça que foi herdada pelo atual governo”, conta a diretora sindical.
No protesto, os profissionais de saúde vão fazer circular um abaixo-assinado contra a Lei Estadual 476/08 e a Medida Provisória (MP) 520, que aguarda aprovação do Congresso Nacional. A MP vai criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que vai gerenciar os hospitais universitários, como o Hospital das Clínicas, em Vitória. Esses hospitais poderão vender serviços para planos de saúde privados, o que pode dificultar o acesso aos serviços de quem não tem como pagar.
Durante o ato público os servidores também vão destacar o repúdio à Lei Estadual 476, sancionada pelo ex-governador Paulo Hartung em 24 de dezembro de 2008 e que dá direito a fundações privadas, Organizações Sociais de Saúde (OSS) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de administrarem hospitais públicos, como é o caso do Hospital Central, que foi entregue à OSS Pró-Saúde. Luceni conta que o modelo adotado no Hospital Central foi comprovadamente fracassado e não se aplica à saúde nacional.
Por ser um hospital de portas fechadas, o Central trabalha num quantitativo de leitos e, preenchidas as vagas, não recebe mais nenhum paciente. A controvérsia em torno do hospital fica por conta de que não há comprovação de que os leitos ocupados sejam oriundos da rede pública, já que é um hospital de alta complexidade. A maioria dos hospitais da rede particular trabalha com procedimentos de média complexidade, portanto, aqueles pacientes que possuem plano de saúde, mas precisa de tratamento de alta complexidade podem estar sendo tratados no Hospital Central, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tirando a vaga de um paciente oriundo da rede pública.
Além disso, os trabalhadores desse modelo de gestão são contratados sem concurso público e trabalham sob a pressão de uma auditoria mensal e os medicamentos neste modelo precisam ser adquiridos pelo próprio paciente.
A compra de leitos em hospitais também está sendo questionada pelos profissionais de saúde, já que o Estado compra leitos em hospitais filantrópicos, como pode ser comprovado na prestação de contas do ex-secretário de Estado de Saúde, Anselmo Tozi, mas a população acabou por não usar is leitos. Além disso, a compra de leitos não diminui a fila dos pronto-socorros.
Nesta quinta-feira (7) será comemorado o Dia Mundial da Saúde e, no Estado, está sendo organizado um ato público com o objetivo de conscientizar a população sobre o caos da saúde, que já é considerado um problema crônico no Estado, tendo se agravado nos seis anos de gestão Paulo Hartung. Os trabalhadores de instituições federais e estaduais devem participar dos protestos, na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória.
De acordo com Luceni Novaes, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde-ES) e uma das organizadoras do ato público, o Estado não tem servidores suficientes para atender à demanda dos hospitais, já que são 16 anos sem concurso público na área de saúde e os trabalhadores que se aposentam não são substituídos por efetivos e sim por trabalhadores com contratos temporários, que trabalham sob pressão e acabam por abandonar os postos.
Ela alerta ainda para outro dado alarmante, que é a o índice de 75% de trabalhadores doentes em decorrência da pressão que sofrem no local de trabalho, da falta de recursos, de políticas salariais e de valorização. “O governo anterior se vangloriou de ter deixado a casa arrumada, mas deixou uma bagunça que foi herdada pelo atual governo”, conta a diretora sindical.
No protesto, os profissionais de saúde vão fazer circular um abaixo-assinado contra a Lei Estadual 476/08 e a Medida Provisória (MP) 520, que aguarda aprovação do Congresso Nacional. A MP vai criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que vai gerenciar os hospitais universitários, como o Hospital das Clínicas, em Vitória. Esses hospitais poderão vender serviços para planos de saúde privados, o que pode dificultar o acesso aos serviços de quem não tem como pagar.
Durante o ato público os servidores também vão destacar o repúdio à Lei Estadual 476, sancionada pelo ex-governador Paulo Hartung em 24 de dezembro de 2008 e que dá direito a fundações privadas, Organizações Sociais de Saúde (OSS) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de administrarem hospitais públicos, como é o caso do Hospital Central, que foi entregue à OSS Pró-Saúde. Luceni conta que o modelo adotado no Hospital Central foi comprovadamente fracassado e não se aplica à saúde nacional.
Por ser um hospital de portas fechadas, o Central trabalha num quantitativo de leitos e, preenchidas as vagas, não recebe mais nenhum paciente. A controvérsia em torno do hospital fica por conta de que não há comprovação de que os leitos ocupados sejam oriundos da rede pública, já que é um hospital de alta complexidade. A maioria dos hospitais da rede particular trabalha com procedimentos de média complexidade, portanto, aqueles pacientes que possuem plano de saúde, mas precisa de tratamento de alta complexidade podem estar sendo tratados no Hospital Central, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tirando a vaga de um paciente oriundo da rede pública.
Além disso, os trabalhadores desse modelo de gestão são contratados sem concurso público e trabalham sob a pressão de uma auditoria mensal e os medicamentos neste modelo precisam ser adquiridos pelo próprio paciente.
A compra de leitos em hospitais também está sendo questionada pelos profissionais de saúde, já que o Estado compra leitos em hospitais filantrópicos, como pode ser comprovado na prestação de contas do ex-secretário de Estado de Saúde, Anselmo Tozi, mas a população acabou por não usar is leitos. Além disso, a compra de leitos não diminui a fila dos pronto-socorros.
Fonte:seculodiario.com 06-04-2011