-->

{ads}

A velha rotina: Governador apela para a " Lei de Responsabilidade Fiscal" , Justiça decreta greve ilegal , caos nos hospitais e servidores passam fome!!


        "Servidores em greve invadem Ponto-Socorro de Maceió
  Para coordenador do movimento, ocupação pacífica mostra as péssimas condições de trabalho na cidade"
24/09/2007


A Notícia foi veiculada no site do jornal Estado de São Paulo em 24 de setembro de 2007 ,e tinha na chamada principal o título: Servidores em greve invadem Ponto-Socorro de Maceió .Ao fazer a leitura do texto ,facilmente poderíamos reformular o título para: A velha rotina: Governador apela para a " Lei de Responsabilidade Fiscal" , Justiça decreta greve ilegal , caos nos hospitais e servidores passam fome!!,e  preservar  o restante do artigo fazendo a sua publicação no dia de hoje como a  principal  manchete nos portais Alagoanos. 
 
As linhas pautadas pertencem ao passado, porém  relatam fielmente o momento vivido mais uma vez com as negociações salariais com o Governo do Estado.O cenário é horripilante  e mostra o mesmo quadro patológico crônico da saúde hospitalar do nosso povo!

Vejamos então a matéria logo abaixo e que a mesma sirva como alerta aos funcionários do Estado, que se no período de quase 4 anos nada foi conseguido , chega-se a triste conclusão que a única política do Governo implantada em face ao que foi pleiteado pelos Sindicatos, foi a ilógica atitude de tratar a pão e água a mesa da sociedade , e de empurrar com a barriga as reinvidicações dos trabalhadores
 
Mário Augusto
 
"Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido".Hermann Hesse

O TEXTO PUBLICADO NO ESTADÃO:

Servidores de nível médio e de algumas categorias de nível superior da rede de saúde pública estadual, em greve há mais de um mês, invadiram na manhã desta segunda-feira, 24, a Unidade de Emergência Armando Lages, principal pronto-socorro do Estado, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. Eles chegaram em passeata, subiram a rampa e invadiram as dependência do hospital, sem encontrar resistência da segurança, que não tinham como conter os manifestantes.



"Foi uma ocupação pacífica, com o objetivo de abrir as portas da Unidade de Emergência (UE) para mostrar à sociedade alagoana as péssimas condições de trabalho a que estamos submetidos no dia-a-dia e a situação de abandono de dezenas de pacientes à espera de atendimento", afirmou Benedito Alexandre, um dos coordenadores do Movimento Unificado da Saúde. "Queremos apenas que a imprensa registre o que o governo esconde", acrescentou.



Dentro do hospital, pacientes pelo chão, deitados em colchonetes, sentados em cadeiras de rodas, aguardando atendimento em macas pelos corredores; além de equipamentos quebrados, lençóis sujos amontoados pelos cantos das enfermarias e falta de médicos. Um paciente idoso vítima de AVC aguarda há uma semana ser atendido por um neuro-cirurgião, alimentando-se apenas de soro. Durante a greve dos médicos, vários neuro-cirurgiões pediram demissão da UE.



No final da manhã, os servidores desocuparam a Unidade de Emergência, mas ficaram de voltar para novas manifestações. Eles disseram que a intenção não era prejudicar o já precário funcionamento do pronto-socorro, mas afirmaram que postos de saúde e ambulatórios continuarão fechados, durante a greve. Os servidores reivindicam o mesmo percentual de reajuste concedido pelo governo para os médicos, que receberam 39% de aumento.



No entanto, as negociações com o governo estão suspensas. Por isso, os servidores em greve decidiram radicalizar o movimento. "Nós só não fechamos a Unidade de Emergência para não prejudicar ainda mais os pacientes e a população, mas se for preciso iremos radicalizar ainda mais o nosso movimento", afirmou Benedito Alexandre, assim que soldados do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), chegaram reforçar a segurança da Unidade de Emergência.



Governador diz que "greve não tem sentido"



No final da manhã, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), falou à imprensa sobre a paralisação dos servidores da saúde, que fechou os postos de saúde da Capital. "Esta greve não tem mais sentido", destacou o governador, durante evento da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), ao se referir às ações do Movimento Unificado da Saúde e às ameaças de radicalização dos grevistas.



"Eu lamento profundamente essa greve. As negociações nunca foram interrompidas, estão acontecendo de forma permanente. Então, a radicalização não tem sentido", acrescentou o governador, anunciando para esta semana a vinda do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a Alagoas. "O ministro vem aqui para que possamos resolver a situação. Afinal, o governo de Alagoas não tem como atender sozinho todas as reivindicações dos servidores da saúde", salientou.



Vilela disse ainda que as reivindicações dos servidores são justas e legítimas, mas precisam ser negociadas levando em consideração a realidade financeira do Estado. "O máximo que puder ser pago, terá que ser pago e será. Mas não podemos ferir a lei e agir de qualquer forma, porque o Estado não tem condições", salientou o governador. Para ele, só com a ajuda do governo federal - que é um dos parceiros do Sistema Único de Saúde (SUS) - poderá resolver a questão.



Na última sexta-feira, a greve dos servidores da saúde foi decretada ilegal, por decisão da juíza Maria Esther Manso. Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas, Wellington Monteiro, a determinação da Justiça não altera a programação da categoria. "Os servidores realizarão uma assembléia geral na próxima quarta-feira, mas até lá continuarão em greve, até que o governo atenda as nossas reivindicações", afirmou o sindicalista.

Fonte:ESTADÃO

Leia outros artigos :

Postar um comentário

0Comentários
* Por favor, não faça spam aqui. Todos os comentários são revisados ​​pelo administrador.