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Maceió AL - -

Três brasileiros foram diagnosticados com vírus asiático (chikungunya )transmitido por mosquito da dengue



Ministério da Saúde divulga ações contra chikungunya

Após reportagem da UnB Agência, ministério realiza coletiva de imprensa para explicar como prevenir e combater a nova doença
Ana Lúcia Moura - Da Secretaria de Comunicação da UnB




Conforme adiantou a UnB Agência em reportagem publicada nesta terça-feira, o Ministério da Saúde confirmou o diagnóstico de três casos de chikungunya no Brasil desde agosto deste ano. Um equipe de especialistas do ministério acompanha os casos, entre eles o professor Pedro Tauil, do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília.

Giovanini Coelho, coordenador nacional do Programa de Controle da Dengue, disse que o ministério aguarda o pedido de importação de uma amostra do vírus para iniciar treinamento nos laboratórios do país para identificar a doença. “Vamos monitorar a chikungunya”, afirmou. A amostra foi pedida ao Centers of Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Governo) dos Estados Unidos. A amostra deve ser encaminhada ao Brasil em até 90 dias, segundo Giovanini. “Com o vírus no Brasil, temos condições de, em 30 dias, já oferecer os exames nos laboratórios estaduais”, garantiu.

A chikungunya foi confirmada nos três pacientes pelo laboratório Evandro Chagas, em Belém do Pará, único capaz de identificar a doença atualmente. “Como a chikungunya não circula no Brasil, não é possível isolar o vírus dentro do país para produção dos antígenos”, explicou Giovanini. Os três casos confirmados foram de pessoas que se infectaram com o vírus fora do Brasil.

Segundo Giovanini, a existência de três casos em apenas cinco meses se deve à ocorrência de um surto da doença nos países asiáticos neste momento. “E o fato dos pacientes infectados serem dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo é porque essas são as duas principais portas de entrada das doenças”, afirmou. “Assim que a suspeita de contágio foi relatada, o local de residência dos pacientes recebeu a visita dos agentes de vigilância sanitária”, explicou.

O coordenador não descarta, no entanto, a possibilidade de introdução do vírus no país. “Não temos um fluxo intenso do Sudeste Asiático para cá, mas não podemos fazer uma redoma de vidro”, afirmou. “Dizer que o risco é zero seria uma irresponsabilidade”.

A chikungunya é transmitida pelo Aedes aegypti e o Aedes albopictus, muito comuns no Brasil. O Aedes aegypti é o mesmo mosquito transmissor da dengue. Já o Aedes albopictus é o responsável pela transmissão da febre amarela.

MOBILIZAÇÃO – Enquanto aguarda a chegada de amostras do vírus do exterior, o ministério vai distribuir cartilhas para toda a rede do Sistema Único de Saúde, até o final do mês, sobre a chikungunya a partir de material já produzido pela Organização Pan-Americana de Saúde. Alerta da organização sobre a doença foi divulgado em 23 de setembro deste ano. “O motivo do alerta é porque os países do continente americano têm o Aedes aegypti e o Aedes albopictus”, explicou o coordenador do programa de combate à dengue.

Além das cartilhas, haverá treinamento para os agentes de saúde para o diagnóstico rápido da doença. Os sintomas de dengue e da chikungunya são muito parecidos. Febre de 30 graus, dores de cabeça, dores musculares, dores musculares e aparecimento eventual de manchas avermelhadas. O diferencial é que na infecção por chikungunya, as dores articulares são mais intensas e prolongadas. Podem durar até seis meses. Há relatos que demonstram que a vítima pode ter dificuldades até de escrever.

O tratamento é similar às doenças virais, a base de analgésicos, como paracetamol, e muita hidratação. “Não há motivo para pânico nem alarde. Temos condições de controle e de diagnóstico da doença. É diferente de quando o país foi atingido pela dengue pela primeira vez, quando não tínhamos uma rede implantada”, enfatizou Giovanini.

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