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Natal Original





Natal original

Fonte: Blog do Odilon Rios
12h39, 23 de dezembro de 2010


Profª Msc Ana Cláudia Laurindo


A festa cristã enternece, entre outras coisas, como aumentar bastante as despesas! Mas ninguém duvida de que vale a pena! Confraternizar é saudável. Trocar agrados, risos e bons augúrios também é válido. Nesta oportunidade quero fazer um convite diferente aos cristãos: vamos conhecer melhor o nascituro festejado?


Nasce Jesus, o Messias, anunciador da Boa Nova em um tempo corrompido pelo abuso de poder, pela ânsia de dominação, pela violência dos fortes sobre os fracos, Ele trazia a mensagem da igualdade! Rasgou a madrugada seguido por uma estrela de brilho inigualável, nasceu na periferia, sem luxo ou conforto porque naquela cidade não havia lugar para ele.Trazia a mensagem da vida em abundância!


Nasceu discriminado, procurado por um rei temeroso em perder o trono, talvez soubesse que era indigno dele. Seus pais o retiraram da zona de perigo como fugitivos, confiando no plano de redenção traçado por Deus, o menino trazia a mensagem da benevolência!


Ainda festejamos esse nascimento, empolgados, crentes, amantes da beleza de Jesus. Temos esquecido alguns detalhes, como seu compromisso em resgatar os esquecidos e colaborar com aqueles que carregam fardos pesados. Jesus dirá, anos mais tarde, que veio para os doentes, porque os sãos não precisam de médicos. Advertirá para a dificuldade de os ricos entrarem no reino divino que anuncia e nos incentivará a escolher a porta estreita, pois larga é a porta que leva à perdição.


Esse Jesus menino não procurava luxo nem brilho, queria fazer brilhar as almas daqueles que o seguiriam! Convidou pescadores e trabalhadores da última hora, curou os possessos, comeu com gente de má vida e quebrou tradições fúteis em nome do Amor. Por isso, convido o povo cristão a refletir nos preconceitos que hoje nos barbarizam como sociedade. Na reflexão abraço a denúncia: estamos desviando do caminho do Cristo. Temos preferido a porta larga, que aparentemente facilita a vida. Desprezamos os doentes e negamos cuidados aos que são largados na miséria.


Falo dos doentes sociais, largados nos vales da loucura coletiva, onde a fome de identidade, amor e valor grassa soberana, incontida! Nosso preconceito mantém um discurso desumano utilizado pela polícia alagoana para manter a impunidade: drogado não tem direitos! Pode morrer, ser matado, sendo até um favor eliminá-los! Nossa frieza, indiferença e ratificação do crime alimenta a má intenção e criminaliza o pobre até na última hora.


Se você comemora o Natal de Jesus e se diz cristão, pensa bem no que o Messias te ensinou! Cada crime que fica impune em Alagoas é um ponto a mais para a política da morte, quando o Mestre se apresentou como Vida em abundância. Lembra que não adiantará ser omisso, pois ele mesmo disse que vomitaria os mornos, aqueles que não se posicionam. Jesus nos convidou a expressar a nossa fome e sede de justiça, asseverando que chegará o dia da saciedade. Acima de qualquer parâmetro de casta ou classe, Jesus amou! Ele nos apresentou o próximo como alguém com o mesmo valor que nós mesmos, e afirmou que nos devemos uns aos outros.


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