Miseráveis estruturas



Miseráveis estruturas


É um crime simples.

Um jovem de 16 anos é assassinado por um outro adolescente, de 17 anos. Ponto.

Faz trinta dias que o assassino está solto.

A Delegacia Regional de Matriz de Camaragibe, sob a batuta do delegado Belmiro Cavalcante, não tem capacidade de prender um assassino de 17 anos.

Ele deve passar o Natal com a família.

O assassinado passa o primeiro natal longe da família.

O delegado recebe uma medalha pelos seus anos relevantes de serviço na Polícia Civil.

Mas, qual o serviço do delegado? O assassino continua solto.

Qual funcionário público recebe medalha se ele não cumpre seu trabalho?

Qual funcionário recebe medalha, se na regional, gerenciada pelo delegado, algumas pousadas se transformaram em pontos de vendas de drogas e prostituição infantil.

Isso a poucos metros da Delegacia, o local onde deveria trabalhar o delegado.

O delegado descobriu, na cidade, uma rinha de galos, no Centro de Matriz, a cem metros da delegacia. Quase atravessando a rua.

E sua regional não tem autoridade para a captura de um adolescente de 17 anos.

Mostrou competência na tortura de um jovem de 12 anos.

O delegado ganhou uma medalha.

Belmiro Cavalcanti nos salvou da nossa miséria.

Miseráveis estruturas.

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