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HGE : “A PORTA DO INFERNO ”


O tomógrafo continua quebrado. Também não se faz endoscopia para retirada de corpo estranho. Nem cirurgia de trauma. Nem cirurgia vascular. As máquinas de hemodiálise também não funcionam. Faltam médicos. Pacientes que necessitam de atendimento de emergência esperam horas na fila para o centro cirúrgico. Muitos não resistem, morrem nas macas enfileiradas no corredor.

 Não é sem motivo que o acesso dos doentes ao Hospital de Emergências do Estado está sendo chamado de “porta do inferno”. O apelido é ouvido com frequencia da boca dos servidores do HGE, dos maqueiros do Samu, dos motoristas da frota do “programa de ambulacioterapia” do governo – ou ambulância cidadã – e, claro, dos pacientes e seus acompanhantes. Os médicos não suportam mais o caos da maior emergência pública de Alagoas, e por isso estão indo embora. O PROHOSP implantado pelo governo é uma piada: o paciente que chega, muitas vezes do interior, precisando de atendimento em traumatologia, é colocado numa ambulância e encaminhado para um hospital em Coruripe, onde é submetido ao procedimento necessário. 

Também é para Coruripe que são encaminhados os pacientes que precisam de cirurgia vascular. O proce-dimento é feito no hospital credenciado pelo PROHOSP. Depois que esses pacientes recebem alta, a volta fica por conta deles e seus familiares. Além disso, eles ficam sem acompanhamento médico. Endoscopia de corpo estranho das vias aéreas só é feita na Unidade de Emergência de Arapiraca, desde que o equipamento do HGE quebrou. O conserto não foi incluído nas melhorias propagadas pelo governo, e agora o aparelho integra o patrimônio do “Programa Avança Saúde para o Fundo do Poço”. 

Para completar o quadro, assédio moral! Servidores que denunciam as péssimas condições de trabalho no HGE sofrem ameaças, constrangimentos e punições. A gerência do hospital proíbe qualquer tipo de reclamação e usa alguns servidores para intimidar os colegas, dando recadinhos e fazendo alertas ameaçadores. Diante da falta de apoio do governo para administrar o hospital ou mesmo da falta de competência para fazê-lo funcionar decentemente, não seria mais digno entregar o cargo? 

Fonte:SINMED-AL

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