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Gripe A: vacinas são roubadas e Postos estariam cobrando para aplicar vacina


O roubo aconteceu no final de semana passado, quando o posto de saúde não estava funcionando

Gripe A: vacinas são roubadas do posto de saúde
No posto da Marambaia, onde 100 doses de vacinas foram roubadas

Um lote com 100 doses da vacina contra a gripe A (H1N1) foi furtado da Unidade Municipal de Saúde da Marambaia (UMS), em Belém, no final de semana passado, quando o posto de saúde não estava funcionando. A diretora da unidade, Márcia Saul, disse que a janela da sala onde as vacinas ficam armazenadas foi arrombada e as doses retiradas do freezer.

O caso foi registrado na Delegacia da Marambaia no dia 15 de março. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que uma perícia foi feita no local logo após o roubo. Segundo a Sesma, ainda não há pistas de quem pode ter cometido o ato criminoso.

Muitos questionamentos estão sendo levantados pela polícia, até porque a sala onde as vacinas ficam guardadas, não é a mesma onde a vacinação é realizada. Na opinião da coordenadora da campanha de vacinação da Sesma, Sandra Monteiro, o valor da dose da vacina pode ter despertado o interesse dos ladrões, já que cada dose custa R$ 70. Após o furto, a direção do posto adotou medidas de segurança mais rígidas. As geladeiras e os freezers onde as vacinas ficam guard
adas agora estão com grades e cadeados. A janela da sala ganhou reforço.

Mesmo depois do furto, a vacinação continua sendo realizada normalmente na Unidade da Marambaia. “A vacinação não foi prejudicada e continuamos trabalhando sem problemas. As doses foram repostas e por dia estamos vacinando uma média de 150 a 200 pessoas”.

COBRANÇA

O curioso é que uma semana após o roubo das vacinas, o DIÁRIO recebeu uma denúncia de que para ter direito à vacina na Unidade de Saúde do Che Guevara, em Marituba, o paciente tinha que pagar uma taxa de R$ 50. A diarista Ana Souza contou que foi levar o sobrinho de um ano para ser imunizado e recebeu a informação que teria de pagar R$ 50 para conseguir vacinar a criança. “Os próprios atendentes do posto disseram que se eu não pagasse o valor que eles queriam, eu não tinha como vacinar. Tive que voltar para casa sem proteger meu sobrinho”.

As polêmicas envolvendo as vacinas na Região Metropolitana de Belém, também chegaram ao conhecimento da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Pará (OAB/PA). Segundo a presidente da Comissão de Saúde da OAB, Cristina Carvalho, o órgão recebeu denúncias de que a vacina estava sendo cobrada e que, em alguns postos, as senhas distribuídas para receber a vacina eram insuficientes. “Vamos encaminhar um ofício solicitando ao Ministério Público que investigue essas denúncias. Já estamos vivendo um problema por estarmos liderando o número de mortes no país. Não podemos deixar a situação piorar”.

Tanto a Sesma, quanto a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), negaram a informação de que os postos estariam cobrando para vacinar. As duas secretarias informaram que todas as unidades de saúde receberam doses suficientes para atender todas as pessoas que estão inseridas nos grupos prioritários. A direção da Unidade do Che Guevara, também disse desconhecer a informação. A Sesma informou ainda que até hoje já foram vacinados 15 mil profissionais de saúde e cerca de oito mil grávidas.

Muitas dúvidas e boatos têm surgido em relação à vacina da gripe A. Segundo a coordenadora de vacinas da Sesma, muita gente que não tem direito à vacina tem tentado se vacinar . “Temos tido problemas com as crianças e os idosos”. Sandra explicou que as crianças que têm direito à vacina são as que estão na faixa etária de seis meses a um ano, 11 meses e 29 dias. “A criança com dois anos e um mês, não pode receber a vacina. É uma norma do Ministério da Saúde”. (Diário do Pará)

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