Inflação de junho atinge 0,24% e estoura meta em 2025

 IPCA registra alta de 0,24% em junho e rompe teto da meta

Em junho de 2025, a inflação no Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma alta de 0,24%, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. 

Com um acumulado de 5,35% nos últimos 12 meses, essa situação levanta preocupações sobre a eficácia das políticas monetárias atuais e o impacto no poder de compra das famílias brasileiras.

A inflação no Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma alta de 0,24% em junho de 2025, superando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa variação representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, que foi de 0,26%.

Inflação Acumula 5,35% em 12 Meses e Desafia Política Monetária

Acúmulo Anual e Meta de Inflação

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulou uma alta de 5,35%, o que está significativamente acima da meta central de 3%, que permite uma variação de até 1,5 ponto percentual (teto de 4,5%) para mais ou para menos. Este é o sexto mês consecutivo em que a inflação ultrapassa o teto da meta, o que marca um novo desafio para a política monetária do país.

Fatores Contribuintes

Os principais fatores que impulsionaram a inflação em junho incluem:

Aumento nas tarifas de energia elétrica, que teve um impacto significativo, contribuindo com 0,27 pontos percentuais para a variação do IPCA. A energia elétrica residencial, em particular, teve um aumento de 6,93% no primeiro semestre, a maior alta desde 2018.

Mudanças nas bandeiras tarifárias, que passaram de verde para amarela e, em seguida, para vermelha, resultando em custos mais altos para os consumidores.

Variações nos preços de alimentos, onde o grupo de Alimentação e Bebidas registrou uma queda de 0,18%, mas outros itens, como o transporte por aplicativo, apresentaram aumentos significativos, contribuindo para a inflação geral.

Implicações e Respostas do Banco Central

Com o descumprimento da meta, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, será obrigado a enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando as razões para o estouro da meta de inflação. A expectativa é que a Selic, a taxa básica de juros, permaneça elevada em 15% até o final do ano, como parte de uma política monetária restritiva para controlar a inflação.

Em resumo, a inflação de junho de 2025, ao atingir 0,24%, não apenas reflete uma desaceleração em relação ao mês anterior, mas também destaca os desafios contínuos que o Brasil enfrenta em relação ao controle da inflação, especialmente em um cenário de aumento de custos de energia e outros bens essenciais.

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Com Agências

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