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Maceió AL - -

Solidariedade na adversidade: por que Judeus defendem os oprimidos

A Tradição Judaica na Luta pelos Direitos Civis

 🌍 Raízes religiosas profundas

“Tzedek, tzedek tirdof” (“Justiça, justiça seguirás”) (Deuteronômio 16:20) é um mandamento bíblico central. A repetição intensifica que devemos buscar justiça inclusive quando nos prejudica, segundo Ibn Ezra 



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Joachim Prinz , Martin Luther King Jr. e Shad Polier no evento de arrecadação de fundos do Congresso Judaico Americano

A Torá impõe obrigação de cuidar dos vulneráveis – viúvas, órfãos, estrangeiros – e proíbe discriminar pobres ou favorecidos no tribunal (Levítico 19:15) .

O Talmud (Gittin 61a) amplia essa ética: ações de bondade (chesed) — como alimentar, vestir, visitar — devem ser estendidas a “não-judeus” da mesma forma que aos judeus 

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🌟 Tikkun Olam: “consertando o mundo”
O conceito evoluiu da oração Aleinu (“le-taken olam”) para uma missão espiritual e social, reforçando a responsabilidade humana pela justiça global 


A Cabala do século XVI (Isaac Luria) encapsulou a ideia de consertar o “mundo quebrado”, e a partir dos anos 1950–70, foi reinterpretada como justiça social, espalhando-se pelo Judaísmo Reformista e Reconstrucionista 
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Hoje, grandes organizações judaicas como American Jewish World Service, Mazon, HIAS e Reform Judaism têm o tikkun olam como eixo de suas atuações em direitos humanos, filantropia e combate à pobreza e ao racismo 


✊ Identificação histórica com os oprimidos
Judeus sofreram perseguições (Holocausto, exclusões históricas) e, por isso, frequentemente reconhecem sua luta com a de outros grupos marginalizados 


No movimento pelos direitos civis dos EUA (décadas de 1940–60), muitos judeus envolveram-se ativamente: cofundadores da NAACP, financiamento de escolas no Sul (Julius Rosenwald), voluntariado no Mississippi Freedom Summer (metade dos voluntários brancos eram judeus), advogados, e lideranças como Abraham Joshua Heschel, que marchou com Martin Luther King Jr. 


🤝 Valores comunitários e intelectuais
O Haskalá (Iluminismo Judaico, século XVIII–XIX) promoveu integração social, educação e envolvimento político — impulsionando a emancipação judaica e a luta por direitos iguais 
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Movimentos judaicos como B’nai B’rith (fundada em 1843) se dedicam desde o século XIX à defesa dos direitos humanos e direitos civis em escala internacional .

🔎 Em resumo
A ética judaica incorpora justiça universal, altruísmo e apoio ao vulnerável, pautada em textos sagrados.

O tikkun olam virou uma missão central para ativismo social, inspirado por tradições espirituais e abraçado por organizações judaicas.

A experiência coletiva de opressão fortalece a empatia judaica com outras minorias.

Há um forte impulso comunitário e histórico para engajamento político e social, enraizado no Iluminismo judeu e instituições civis.

Essa combinação – mando religioso, identidade histórica, pensamento iluminista e mobilização comunitária – explica por que muitos judeus sentem um profundo compromisso com a justiça e os direitos civis: é a expressão viva de sua tradição.
 
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📙 GLOSSÁRIO:
🖥️ FONTES:
Com Agências

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