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Avanço na luta contra a febre amarela: anticorpos monoclonais mostram eficácia em estudos pré-clínicos
A vacina contra a febre amarela é crucial para a prevenção dessa doença, especialmente em áreas suscetíveis a surtos. Apesar de sua eficácia e capacidade de salvar vidas, certos grupos da população, como gestantes, idosos, pessoas com o sistema imunológico comprometido ou alergias a componentes da vacina, não podem receber a imunização, aumentando o risco de infecção e morte. Durante a epidemia de febre amarela no Brasil entre 2016 e 2019, mais de 700 mortes foram registradas.
Um avanço significativo foi alcançado com o desenvolvimento de anticorpos monoclonais para tratar a febre amarela. Esses anticorpos, produzidos em laboratório, demonstraram eficácia em estudos com macacos rhesus, conseguindo impedir o agravamento da infecção e prevenir mortes. A pesquisa, publicada na *Science Translational Medicine*, envolveu diversas instituições internacionais, incluindo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Universidade de São Paulo (USP).
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| Uma ilustração do Aedes aegypti, um tipo de mosquito que transmite a febre amarela. |
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Os anticorpos monoclonais foram selecionados após uma triagem de 37 moléculas e testados contra diferentes linhagens do vírus, incluindo aquelas circulantes no Brasil. Os resultados mostraram que esses anticorpos podem bloquear efetivamente o vírus da febre amarela, incluindo linhagens sul-americanas que possuem mutações dificultando a ação de outros anticorpos. Os testes em animais, incluindo hamsters e macacos, mostraram que os anticorpos eram capazes de evitar a progressão da doença e eliminar o vírus do sangue dos primatas.
Apesar do alto custo de produção, os anticorpos monoclonais oferecem uma nova esperança para tratar casos graves de febre amarela, especialmente quando a vacinação não é uma opção. No entanto, a vacina continua sendo a principal medida preventiva contra a doença e é recomendada para toda a população brasileira, com exceção dos grupos que possuem contraindicações médicas.
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