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Ozempic e cia: a era de ouro da farmacologia da obesidade?

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Novas drogas como Ozempic, Wegovy e Mounjaro estão sendo apontadas como potenciais tratamentos revolucionários para a obesidade, uma condição que afeta 42% dos adultos americanos. Elas agem suprimindo o apetite de forma poderosa e fazem pacientes perderem muito peso.
Médico examinando a obesidade do paciente

Obesidade: as novas promessas farmacológicas e seus enigmas

Especialistas afirmam que nada parecido existia antes. As drogas surgem de descobertas casuais e seus mecanismos de ação permanecem misteriosos. Os cientistas as encontraram sem um processo lógico, diferente de medicamentos para outras doenças.

O hormônio GLP-1, produzido no intestino e pâncreas, foi descoberto nos anos 1980 por pesquisadores estudando diabetes. Perceberam que ele regula a glicose no sangue de forma muito precisa. Só age quando os níveis estão muito altos.

Porém, injetado, o GLP-1 sumia rapidamente no organismo. Cientistas passaram anos buscando uma versão mais duradoura. A droga exenatida, derivada do GLP-1, surgiu em 2005. Mas ainda requeria duas injeções diárias.

Químicos então criaram versões ainda mais estáveis, como a liraglutida, base da Saxenda e Ozempic/Wegovy. Nelas, o GLP-1 se liga a proteínas ou é modificado para resistir mais à degradação.

A Saxenda, injetável diariamente, foi aprovada em 2014 e promove modesta perda de peso. Já Ozempic e Wegovy, aplicados semanalmente, fazem pacientes emagrecerem muito mais, por motivos desconhecidos.

Outros medicamentos misturam GLP-1 com hormônios como o GIP. É o caso do Mounjaro, com resultados impressionantes nos testes. Novas drogas mesclam abordagens opostas e ninguém sabe ao certo por que funcionam tão bem.

Os remédios agem alterando neurotransmissores ligados à fome no cérebro, mas os detalhes continuam nebulosos. Eles alcançam áreas cerebrais que, em tese, não deveriam afetar. Para os cientistas, são grandes mistérios bioquímicos.

A indústria farmacêutica relutou em investir na obesidade, vista mais como falha comportamental que doença. Mas o fracassso de drogas como a leptina e a grelina nas décadas de 1990 e 2000 obrigou a buscar novos caminhos, ainda que por acaso.

Os novos medicamentos trazem efeitos colaterais leves para a maioria, sobretudo no início do tratamento. Porém, como não se sabe exatamente como agem, é preciso monitorar reações adversas raras mas sérias a longo prazo.

Eles não curam a obesidade, que tende a retornar quando a medicação é suspensa. Assim, o tratamento é contínuo. Isso gera preocupações sobre segurança em larga escala. Por outro lado, a obesidade severa tem riscos como diabetes, AVC e infarto.

Portanto, apesar de improváveis, os novos medicamentos são vistos com esperança. Eles saciam pacientes com doses menores de comida, sem efeitos colaterais graves por ora. Promovem perda de peso sustentada, melhorando a saúde geral dos obesos.

Para alguns especialistas, isso pode mudar visões pré-concebidas sobre a obesidade ser consequência apenas de maus hábitos. Os remédios donneriam aos médicos ferramentas para tratar a obesidade como doença crônica.

O alto custo e a alta demanda, porém, devem limitar o acesso inicialmente. Além disso, os mecanismos de ação continuam sendo decifrados. São necessários mais estudos sobre o uso em larga escala.

De toda forma, essas novas drogas representam progresso no tratamento de uma condição complexa, mesmo que resultados surpreendentes teimam em desafiar o entendimento científico. Elas inauguram uma nova era após décadas de frustrações na farmacologia da obesidade.



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