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Parto prematuro e aborto : eventos distintos relacionados à gestação

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O parto prematuro e o aborto são dois eventos distintos relacionados à gestação


Definição: O parto prematuro ocorre quando o nascimento do bebê acontece antes da 37ª semana de gestação, enquanto o aborto é a interrupção da gravidez antes que o feto tenha a capacidade de sobreviver fora do útero.

 ( O aborto é a interrupção da gestação antes do início do período perinatal, definido pela OMS (CIE 10) a partir de 22 semanas completas (154 dias) de gestação, quando o peso ao nascer é normalmente de 500g. Costuma-se classificar o aborto como precoce quando ocorre antes de 13 semanas da gravidez, e como tardio quando se dá entre as 13 e 22 semanas.

Ou seja até 22 semanas é aborto, acima disso até 37 semanas , é chamado de Parto prematuro !
Acima de 37 semanas é chamado de parto a termo, ou seja o esperado para a normalidade

É importante ressaltar que o aborto pode ser espontâneo (quando ocorre de forma natural) ou induzido (quando é realizado de forma intencional com a intervenção médica ou da mulher).

A) Tipos de aborto e causas

Existem diferentes tipos de aborto, que podem ser classificados com base em suas características clínicas. Abaixo estão alguns dos principais tipos de aborto:


  • Aborto Espontâneo: Também conhecido como aborto natural, ocorre quando a gravidez é interrompida de forma não intencional. Pode ser causado por anomalias genéticas no embrião ou feto, problemas no útero ou placenta, desequilíbrios hormonais, infecções, doenças crônicas, entre outros fatores. Os abortos espontâneos podem ocorrer em qualquer estágio da gravidez.
  • Aborto Induzido: É a interrupção intencional da gravidez por decisão médica ou da mulher. Pode ser realizado por meio de procedimentos médicos, como a aspiração a vácuo (curetagem), uso de medicamentos abortivos, como a mifepristona e o misoprostol, ou, em casos raros e em locais onde é legalizado, por meio de intervenção cirúrgica.
  • Aborto Incompleto: Nesse tipo de aborto, ocorre a expulsão parcial do tecido fetal e da placenta, mas parte do conteúdo uterino permanece no útero. Pode ser necessário realizar procedimentos adicionais, como a curetagem uterina, para remover o tecido restante e evitar complicações.
  • Aborto Retido ou Intrauterino: Também chamado de aborto silencioso, ocorre quando o embrião ou feto para de se desenvolver, mas não é expelido naturalmente. Nesse caso, o útero continua a se expandir e os sintomas de gravidez podem persistir. Um diagnóstico é geralmente feito por meio de exames de ultrassonografia, e pode ser necessário um procedimento médico para remover o tecido fetal.
  • Aborto Septado: Refere-se a um tipo de aborto em que o útero possui uma divisão ou septo interno, que pode afetar o desenvolvimento do feto e levar a abortos recorrentes.


É importante destacar que essas são apenas algumas das classificações de aborto, e existem outras variações e terminologias específicas usadas na prática médica. As causas do aborto podem ser diversas e incluem fatores genéticos, problemas de saúde materna, infecções, complicações placentárias, anomalias congênitas, exposição a toxinas, entre outros. É fundamental que qualquer suspeita ou preocupação relacionada ao aborto seja avaliada e discutida com profissionais de saúde qualificados para obter orientações e cuidados adequados.

Aborto no Brasil , sob a ótica jurídica

O aborto no Brasil é um tema complexo e polêmico que envolve diversas questões, incluindo a ótica jurídica. A legislação brasileira atual sobre o aborto é regulada pelo Código Penal, que foi estabelecido em 1940 e ainda está em vigor. De acordo com o Código Penal, o aborto é considerado crime, exceto em duas situações específicas:


  • Quando a gravidez é resultado de estupro: Nesse caso, a mulher tem o direito de interromper a gravidez de forma legal, desde que tenha feito um boletim de ocorrência policial e apresentado a devida comunicação à autoridade competente.
  • Quando a gravidez representa risco para a vida da mulher: Se a continuidade da gravidez põe em perigo a vida da gestante, é permitido realizar o aborto com respaldo legal. É necessário o parecer de dois médicos atestando a necessidade da intervenção.


Fora dessas duas exceções, o aborto é considerado crime no Brasil, podendo resultar em pena de prisão para quem o pratica, com algumas ressalvas, como o consentimento da gestante. Vale ressaltar que a jurisprudência tem evoluído em relação ao tema, permitindo a realização do aborto em casos de anencefalia fetal (quando o feto não tem cérebro), por exemplo.

É importante destacar que existem movimentos e debates constantes para rever a legislação e permitir a legalização do aborto em outras situações, como a interrupção da gravidez até um determinado período gestacional. Algumas propostas de alteração legislativa têm sido apresentadas, mas até o momento não houve uma mudança significativa na legislação em nível federal.

No entanto, é necessário mencionar que alguns estados e municípios possuem legislações próprias que, de certa forma, flexibilizam as regras do aborto, como é o caso do estado do Rio de Janeiro, onde a lei estadual permite a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação, mediante certos requisitos e procedimentos.

Em resumo, sob a ótica jurídica atual no Brasil, o aborto é considerado crime na maioria das situações, exceto quando a gravidez é resultado de estupro ou representa risco para a vida da mulher. No entanto, há discussões e movimentos para rever e flexibilizar a legislação, visando ampliar as possibilidades de acesso ao aborto seguro e legal.

 B) Parto prematuro : causas

O parto prematuro pode ser causado por uma série de fatores. Algumas das principais causas conhecidas incluem:


  • Infecções: Infecções no trato urinário, infecções cervicais ou infecções uterinas podem levar ao parto prematuro. Exemplos de infecções comumente associadas ao parto prematuro incluem a infecção por estreptococos do grupo B, infecção por clamídia, infecção urinária não tratada, entre outras.
  • Problemas com o colo do útero: Algumas mulheres podem ter um colo do útero enfraquecido ou ineficiente, o que pode resultar em dilatação prematura antes que o bebê esteja totalmente desenvolvido. Isso pode ocorrer devido a cirurgias prévias no colo do útero, conização cervical, incompetência cervical ou anormalidades estruturais.
  • Condições médicas maternas: Certas condições de saúde materna, como hipertensão arterial, diabetes, doenças renais, doenças autoimunes, desordens coagulatórias e infecções crônicas, podem aumentar o risco de parto prematuro.
  • Gravidez múltipla: Gravidezes de múltiplos fetos, como gêmeos, trigêmeos ou mais, têm maior probabilidade de resultar em parto prematuro. Isso ocorre porque o útero pode não ser capaz de sustentar o crescimento completo de vários fetos até o termo.
  • Complicações placentárias: Problemas com a placenta, como placenta prévia (quando a placenta cobre total ou parcialmente o colo do útero), descolamento prematuro da placenta (quando a placenta se separa da parede uterina antes do parto) ou insuficiência placentária (quando a placenta não fornece nutrição adequada ao feto), podem levar ao parto prematuro.
  • Anomalias congênitas: Algumas anomalias fetais podem resultar em estresse para o feto ou para o útero, aumentando o risco de parto prematuro. Essas anomalias podem ser detectadas por meio de exames pré-natais, como ultrassonografias.
  • Fatores genéticos: Alguns estudos sugerem que certos genes podem influenciar a suscetibilidade ao parto prematuro. No entanto, a relação entre os fatores genéticos e o parto prematuro ainda é objeto de pesquisa.
  • Estresse e estilo de vida: Altos níveis de estresse, tabagismo, consumo de álcool e uso de drogas ilícitas estão associados a um aumento do risco de parto prematuro.

É importante ressaltar que nem sempre é possível identificar a causa exata do parto prematuro. Em muitos casos, várias causas podem atuar em conjunto.

Se você estiver grávida e preocupada com o risco de parto prematuro, é essencial buscar cuidados pré-natais adequados e discutir quaisquer preocupações com seu médico.

Parto prematuro iminente


No caso de um parto prematuro iminente, os médicos muitas vezes tentam retardar o trabalho de parto e prolongar a gestação para permitir que o feto amadureça ainda mais dentro do útero. Essa abordagem visa dar ao feto mais tempo para se desenvolver, especialmente os pulmões, o que pode melhorar significativamente suas chances de sobrevivência e reduzir as complicações associadas ao parto prematuro.

Existem várias estratégias que os médicos podem utilizar para tentar retardar o trabalho de parto prematuro, dependendo da situação clínica específica. Alguns desses métodos incluem:


  • Administração de corticosteroides: Os corticosteroides são medicamentos que são administrados à mãe antes do parto prematuro iminente. Eles ajudam a acelerar o desenvolvimento dos pulmões do feto, aumentando a produção de surfactante pulmonar, uma substância que ajuda os pulmões a se expandirem adequadamente após o nascimento.
  • Inibidores de contrações uterinas: Medicamentos como os inibidores de prostaglandina podem ser prescritos para reduzir as contrações uterinas e retardar o trabalho de parto. Esses medicamentos podem ajudar a adiar o parto por algumas horas ou dias, permitindo a administração de corticosteroides e outras intervenções para melhorar a saúde do feto.
  • Repouso no leito: Em alguns casos, o médico pode recomendar repouso absoluto no leito para reduzir a atividade uterina e retardar o trabalho de parto.
  • Hidratação intravenosa: A administração de fluidos intravenosos pode ajudar a manter o útero relaxado e diminuir as contrações.

  1. É importante ressaltar que nem sempre é possível retardar o parto prematuro, especialmente se houver risco iminente para a mãe ou para o feto.
  2. Em alguns casos, mesmo com todas as medidas tomadas, o parto prematuro pode ocorrer. Cada situação é única e requer avaliação médica e tomada de decisão individualizada.
  3. Consequências físicas: O parto prematuro pode resultar em complicações de curto prazo para o bebê, como problemas respiratórios, problemas de alimentação e infecções.

O parto prematuro não é culpa do médico. 


O parto prematuro é uma condição complexa e multifatorial que pode ocorrer devido a uma variedade de razões, muitas das quais estão além do controle do médico ou da gestante.

Embora os médicos possam tomar medidas para tentar retardar o parto prematuro e fornecer cuidados adequados ao bebê prematuro, nem sempre é possível evitar o nascimento prematuro. As causas do parto prematuro como falada anteriormente, podem incluir fatores genéticos, problemas de saúde materna, infecções, complicações placentárias, entre outros. Em muitos casos, a causa exata do parto prematuro não é conhecida.

Os médicos desempenham um papel crucial no manejo do parto prematuro, fornecendo cuidados pré-natais adequados, monitorando a saúde da mãe e do feto, e tomando decisões clínicas para garantir a segurança e o bem-estar de ambos. No entanto, é importante entender que o parto prematuro pode ocorrer apesar dos melhores esforços médicos.

É fundamental ter uma abordagem compassiva e entender que o parto prematuro é uma situação desafiadora tanto para a mãe quanto para o médico. A equipe médica trabalhará para oferecer os cuidados necessários ao bebê prematuro e fornecer apoio emocional à família durante esse momento delicado.


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Gravidez gemelar e o risco do parto prematuro, e as chances de sobrevida dos bebês :

A gravidez gemelar, ou seja, quando uma mulher está grávida de gêmeos, está associada a um risco aumentado de parto prematuro em comparação com uma gravidez de um único feto. Isso ocorre devido a vários fatores, incluindo o aumento do estresse no útero e a maior probabilidade de complicações durante a gestação.

Os gêmeos tendem a ter uma taxa de parto prematuro mais alta do que os nascimentos únicos.


 A idade gestacional em que os bebês gêmeos são considerados viáveis fora do útero pode variar, mas geralmente é considerada a partir da 24ª semana de gestação. No entanto, é importante observar que as chances de sobrevivência e os resultados de longo prazo dos bebês nascidos prematuramente podem variar dependendo de vários fatores, incluindo o peso ao nascer, a presença de complicações médicas e o suporte médico disponível.

Com 6 meses de gestação (cerca de 24-26 semanas), os bebês prematuros têm chances de sobrevivência, mas ainda estão em risco significativo de complicações de curto e longo prazo. Nessa fase, os pulmões dos bebês geralmente não estão completamente desenvolvidos, o que pode levar a problemas respiratórios graves. Além disso, outros órgãos e sistemas podem não estar completamente maduros, o que aumenta o risco de complicações médicas.

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As taxas de sobrevivência e os resultados de longo prazo dos bebês prematuros estão continuamente melhorando devido aos avanços na medicina neonatal e nos cuidados intensivos. No entanto, cada caso é único, e as chances de sobrevivência e os resultados podem variar dependendo de vários fatores individuais. Os médicos especializados em medicina neonatal podem fornecer informações mais precisas e atualizadas sobre as chances de sobrevivência e os cuidados necessários para bebês prematuros com 6 meses de gestação.


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