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| O ex-presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, durante sua prisão em 2019.LUKA GONZALES (AFP) |
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Promotores pedem 35 anos de prisão para ex-presidente peruano por escândalo da Odebrecht
Pedro Pablo Kuczynski é acusado de lavagem de dinheiro e criação de empreendimento criminoso que recebeu propina milionária da construtora
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Os promotores peruanos estão buscando uma sentença de 35 anos de prisão para o ex-presidente do país sul-americano, Pedro Pablo Kuczynski, que teria recebido milhões de dólares em propinas da gigante da construção brasileira Odebrecht.
Kuczynski teria dado tratamento preferencial à Odebrecht na adjudicação de vários contratos de obras públicas quando era ministro da Fazenda do Peru, durante a presidência de 2001-2006 de Alejandro Toledo. Segundo os promotores, as propinas foram pagas ao “PKK”, como é mais conhecido, por meio das consultorias financeiras do ex-banqueiro de Wall Street.
Kuczynski, que renunciou ao cargo de presidente por causa do escândalo em 2018, menos de dois anos depois de ser eleito, foi colocado em prisão domiciliar antes do julgamento em 2019, antes de receber liberdade condicional em 2022. Agora com 84 anos, ele sofre de problemas de saúde como o investigação do caso avançou. Em 2019, problemas cardíacos o levaram a usar um marca-passo. Um ano depois, ele teve que ser tratado de sinusite crônica e, em 2022, foi internado com pneumonia.
Diante do precário estado de saúde de Kuczynski, sua filha, Alexandra Kuczynski, disse que seu pai “não seria capaz de sobreviver na prisão”, concluindo: “Seria uma sentença de morte para ele”.
Na sexta-feira, uma equipe especial de promotores que trabalham na investigação de corrupção da Odebrecht, conhecida como Operação Lava Jato, pediu 35 anos de prisão para ambos Kuczynski – acusado de lavagem de dinheiro e criação de uma empresa criminosa que recebeu US$ 12 milhões em propinas da Odebrecht – e Gerardo Sepúlveda, ex-sócio chileno de Kuczynski.
A promotoria também está pedindo uma sentença de prisão de 23 anos para a ex-secretária de Kuczynski, Gloria Kisic, e 11 anos e seis meses de prisão para seu ex-motorista, José Luis Bernaola.
Falando na sexta-feira, Julio Midolo, advogado de Kuczynski, insistiu que seu cliente continua confiante em limpar seu nome. “O senhor Pedro Pablo Kuczynski foi informado dos últimos desenvolvimentos”, disse Midolo. “Ele está bastante tranquilo e está convencido de que vamos provar sua total inocência ao final de tudo isso. Nossa defesa continua a mesma do início [...]. Eles não têm nenhuma evidência para mostrar que houve lavagem de dinheiro”.
Com Agências
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