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| Plataforma popular com o presidente Jair Bolsonaro e descumpriu decisão judicial |
O juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ordenou o fechamento do aplicativo de mensagens Telegram na sexta-feira como parte de um esforço para combater a desinformação sobre o sistema eleitoral do país.
O pedido a De Moraes foi feito pela Polícia Federal após o Telegram descumprir decisões judiciais de bloqueio de perfis rotulados como disseminadores de notícias falsas e discursos de ódio antes das eleições presidenciais de outubro.
A medida é um golpe para o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados que usaram o aplicativo para promover sua candidatura à reeleição.
O aplicativo foi a plataforma social favorita de Bolsonaro depois que ele foi alvo de censura do Facebook e do Google por divulgar notícias falsas sobre a pandemia de coronavírus.
Bolsonaro tem mais de 1 milhão de seguidores na plataforma.
Moraes estabeleceu uma multa diária de US$ 20.000 para empresas que não cumprirem a decisão de bloquear o Telegram no Brasil.
“A plataforma Telegram, em todas as oportunidades possíveis, descumpriu ordens judiciais em total desrespeito ao judiciário brasileiro”, disse Moraes em sua decisão.
Bolsonaro reagiu rapidamente, postando um link no Twitter para se inscrever em seu canal no Telegram, que funcionava normalmente.
“Nosso Telegram informa todos os dias sobre muitas ações importantes de interesse nacional, que muitos lamentavelmente omitem”, escreveu Bolsonaro. “Bem-vindo e compartilhe a verdade.”
A decisão aumenta a tensão entre o Supremo Tribunal Federal e Bolsonaro, que disse no ano passado que não aceitaria as decisões de Moraes.
De Moraes deu cinco dias para Apple, Google e operadoras de telefonia móvel brasileiras bloquearem o Telegram em suas plataformas.
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