Embraer interrompe desenvolvimento do menor jato E2 por três anos

Sem encomendas, Embraer adia projeto mais uma vez

O conselho da Embraer SA aprovou uma pausa no desenvolvimento do jato E175-E2 por mais três anos, atrasando ainda mais a estreia da aeronave no mercado.

A fabricante de aviões brasileira planeja retomar o trabalho após o hiato, visando uma entrada em serviço entre 2027 e 2028, disse a Embraer na sexta-feira em comunicado.

A aeronave de 80 assentos é a menor de uma família de três jatos fabricada pela Embraer que visa rotas aéreas que não podem suportar um jato de tamanho médio como o 737 Max da Boeing Co. ou o A320neo da Airbus SE. O E175-E2 estava programado para estrear no ano passado, mas sua introdução comercial foi adiada repetidamente devido a um problema incomum de peso.

O jato foi projetado para substituir um modelo anterior da Embraer que é um cavalo de batalha popular para transportadoras regionais que fornecem tráfego para Delta Air Lines Inc., American Airlines Group Inc. e United Airlines Holdings Inc. em aeroportos centrais.

Mas as vendas do modelo E2 nunca decolaram devido a uma tecnicalidade nos contratos de pilotos nas maiores companhias aéreas dos EUA. Seus motores Pratt & Whitney maiores e mais eficientes elevaram o peso máximo de decolagem do modelo de avião acima do limite contratual para jatos pilotados por companhias aéreas subcontratadas - e os líderes sindicais se recusaram a ceder à chamada cláusula de escopo.

“Como nos anos anteriores, a reprogramação das atividades está associada às discussões em andamento da cláusula de escopo da linha principal dos EUA com os sindicatos de pilotos”, disse a Embraer no comunicado. A gigante industrial também citou “as condições atuais do mercado global” para a aviação e interesse no atual modelo E175 nos EUA

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