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| Wolbachia |
Um estudo indonésio publicado hoje no New England Journal of Medicine, mostra que a introdução de mosquitos tratados com Wolbachia reduziu a incidência de dengue e resultou em menos hospitalizações devido ao vírus.
Nos últimos anos, os cientistas têm procurado maneiras de controlar as infecções com a bactéria Wolbachia , que torna a prole do mosquito Aedes aegypti estéril, para limitar a propagação de doenças transmitidas por vetores, incluindo Zika e dengue.
Para conduzir o estudo, chamado de ensaio Aplicando Wolbachia para Eliminar a Dengue (AWED), os pesquisadores trataram alguns mosquitos em um local de 26 quilômetros quadrados, que foi dividido em 24 grupos. Doze grupos foram divididos aleatoriamente para receber os mosquitos tratados com Wolbachia por 9 a 14 rodadas de introduções começando em 2017, e os outros eram controles não tratados.
Os mosquitos tratados com wolbachia foram 77,1% eficazes na prevenção de infecções confirmadas por dengue e 86,2% eficazes na prevenção de hospitalizações devido à dengue em um estudo com 8.144 participantes que tiveram febre aguda indiferenciada durante o ensaio. A eficácia protetora foi semelhante para todos os quatro sorotipos de dengue.
"Esses resultados impressionantes mostram a eficácia da introgressão da wolbachia nas populações de A. aegypti como um método para a prevenção da dengue em um ambiente urbano onde a dengue é endêmica", disse David Hamner, MD, em um comentário que o acompanha. "Este estudo tem vários pontos fortes, incluindo envolvimento da comunidade, uso de randomização restrita, poder adequado (apesar da interrupção do estudo por causa da pandemia de Covid-19) e uso de infecção virologicamente confirmada para o desfecho primário."
10 de junho N Engl J Med study
