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O vírus Machupo, causador da FHB (Febre hemorrágica Boliviana) é classificado como um dos 10 mais letais do mundo .
O Machupo (do gênero Arenavirus), vírus que causou a morte de duas pessoas e deixou dois médicos em estado crítico, não é novo nem vem de outras partes do mundo. Ele é nativo da Bolívia e é conhecido desde 1959.
De fato, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tipifica a doença como Febre Hemorrágica Boliviana (FHB) e diz que é viral. O quadro também é conhecido como tifo preto, produzido pelo vírus Machupo (Membro da Família Arenaviridae, New World Arenavirus Genus, Complexo Tacaribe), que foi isolado em 1959.
O relatório detalha que a doença é transmitida por contato direto com roedores ou inalação de excretas de roedores infectados. O vírus também é transmissível de pessoa para pessoa, embora o Ministério da Saúde tenha esclarecido que o contágio é por fluxo sanguíneo.
A OPAS informou no passado que a presença do vírus estava limitada ao departamento de Beni, municípios nas províncias de Iténez (Magdalena, Baures e Huacaraje) e Mamoré (Puerto Siles, San Joaquín e San Ramón). No entanto, desta vez foi apresentado em Caranavi, departamento de La Paz.
De acordo com um estudo da Universidad Mayor de San Andrés (UMSA), a doença foi descrita pela primeira vez em San Joaquín durante um surto nos anos de 1959 a 1963, atingindo uma taxa de letalidade de 30%.
Há cerca de um mês, foram detectados casos suspeitos dessa doença e, para identificar o vírus, o Ministério da Saúde conseguiu a visita de três especialistas estrangeiros para apoiar a equipe médica nacional que trata os dois médicos afetados por um vírus desconhecido. Até mesmo amostras foram enviadas para Atlanta para confirmação.
O vírus que foi isolado em 1959 na Bolívia vem sendo monitorado e causando problemas de segurança pública desde 2010.
Em 7 de novembro de 2010, o Serviço de Saúde Departamental (Sede) de Beni declarou um alerta de saúde na província de Beni Iténez pelo surto de febre hemorrágica na região.
"A febre hemorrágica boliviana continua em circulação no país, porque em 2014 houve 21 casos", explicou o Dr. Carlos Romero, compilador de dados históricos sobre a febre hemorrágica.
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