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Clérigos afegãos conversam com Isis para quebrar os mitos da vacina contra a pólio
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| O Afeganistão, oficialmente República Islâmica do Afeganistão |
- Os mitos se tornaram parte de uma conspiração para esterilizar crianças muçulmanas ou uma cobertura para espiões ocidentais
- O programa de vacinação foi bastante desacreditado, depois que uma campanha falsa foi usada como cobertura nos esforços dos EUA para encontrar Osama bin Laden no Paquistão.
- A presença do Taleban e da Isis é enorme e eles controlam a maioria dos distritos. Devido ao agravamento da segurança, os vacinadores não podem ir para lá
Os clérigos islâmicos concordaram em trabalhar com o governo afegão para convencer grupos militantes no país de que programas de vacinação deveriam ser permitidos em áreas remotas.
Os imãs devem consultar o Taleban, o Estado Islâmico e outras facções na província montanhosa de Kunar, em uma tentativa de erradicar a pólio novamente, depois que seis novos casos foram registrados no Afeganistão este ano.
Militantes e clérigos islâmicos de linha dura nos três países onde a doença ainda existe, Afeganistão, Nigéria e Paquistão, têm se oposto a campanhas de vacinação contra a poliomielite, já que os mitos se tornaram parte de uma conspiração para esterilizar crianças muçulmanas ou uma cobertura para espiões ocidentais. Houve vários ataques e assassinatos de enfermeiras e voluntários.
O governo afegão iniciou uma campanha nacional de imunização no início deste mês, com cerca de 70.000 trabalhadores batendo nas portas e parando as famílias nos centros de saúde, nas ruas e nos postos de fronteira. Quase 10 milhões de crianças foram vacinadas, mas uma população significativa vive em áreas controladas por militantes como Kunduz, onde os insurgentes do Taleban no ano passado proibiram as inoculações.
O programa de vacinação foi bastante desacreditado, depois que uma campanha falsa foi usada como cobertura nos esforços dos EUA para encontrar Osama bin Laden no Paquistão.
O clérigo Mawlawi Mohammad Ajmal, de Kunar, disse ao jornal The Guardian: “O Islã não nega o tratamento e a prevenção de doenças e enfermidades, se nosso objetivo é ter uma sociedade normal e saudável, precisamos permitir e apoiar os trabalhadores de campo vacinadores que lutam contra a poliomielite. para alcançar todas as crianças menores de cinco anos em cada lar, vila e distrito. ”
Mawlawi Abdul Khaliq, outro líder religioso da província de Kunar, disse: “Dar três gotas de vacina a todas as crianças menores de cinco anos é a garantia da vida livre da pólio e da geração livre da pólio, por isso devemos apoiar a campanha de vacinação em todo o país. discutir esta questão com as pessoas que estão em regiões remotas e montanhosas.
"Somos totalmente responsáveis pela próxima geração que vive em um ambiente livre da pólio", disse ele. "O papel dos estudiosos islâmicos é importante".
No entanto, questões culturais ainda estavam obstruindo a campanha de vacinação, disse Gul Maki, um profissional de saúde em Kunar. “As dificuldades culturais continuam sendo um obstáculo crucial contra as trabalhadoras [da saúde]. No entanto, isso não afeta apenas as campanhas de vacinação, mas todos os aspectos da vida diária ”.
Ele acrescentou: “A presença do Taliban e da Isis é enorme e eles controlam a maioria dos distritos. Devido ao agravamento da segurança, os vacinadores não podem ir para lá. ”
Fonte:The Guardian
