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O movimento estudantil nos primórdios da UFAL - Agatângelo Vasconcelos

sma 1966
Sociedade de Medicina de Alagoas - Foto da inauguração em 1966


O MOVIMENTO ESTUDANTIL NOS PRIMÓRDIOS DA UFAL

Agatângelo Vasconcelos (*)


Quando a Universidade Federal de Alagoas foi criada no dia 26 de janeiro de 1961, havia no Brasil e em particular em nosso estado, um intenso e representativo Movimento Estudantil com o qual a recém-criada instituição conviveu e interagiu. A União Estadual dos Estudantes de Alagoas (UEEA), ligada à União Nacional dos Estudantes (UNE), congregava as aspirações dos estudantes universitários, enquanto a União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (UESA), vinculada à União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), o fazia quanto aos que ainda não haviam alcançado o Ensino Superior, mas não havia qualquer interação entres as duas entidades. A UNE, após algumas administrações definidas como direitistas, tinha como presidente Aldo Arantes, integrante da Ação Popular (AP), movimento surgido em 1962 ao definir a sua linha política e estabelecer-se como uma dissidência da Juventude Universitária Católica (JUC) em relação à hierarquia da Igreja Católica, tida como demasiado conservadora pelos líderes estudantis. Jacob Gorender assim esclarece o aparecimento da AP: “O surgimento da AP decorreu, simultaneamente, das mudanças na Igreja Católica a partir do pontificado de João XXIII e do aprofundamento da luta de classes no Brasil. Para os seus membros politizados, a Juventude Universitária Católica se mostrava já demasiado estreita, dada a vinculação oficial à Igreja (...). Em 1963 a AP aprovou o documento - base que explicitou sua definição pelo socialismo (...) buscando apoios doutrinários nos pensadores católicos (...) um socialismo humanista”. Nesta linha, lia-se Teilhard de Chardin (“O Homem em Teilhard de Chardin", de Paul Chauchard), Lebret (“Manifesto por uma Civilização Solidária”) e o gurú nacional, o Padre Henrique Vaz (“Reflexão sobre a Ação e a Ideologia”), todos eles jesuítas: buscava-se um “socialismo cristão”. Não eram, pois, de inspiração marxista os fundamentos teóricos da AP, mas assim foram considerados pela repressão pós - 64. A importância de Alagoas no contexto da AP pode ser medida pela presença entre nós da coordenadora nacional do ainda chamado “Grupão", Maria Angélica, em 1962. Aldo Arantes, eleito durante o XXIV Congresso Nacional de Estudantes em 1961, era, depois de Oliveiros Guanais, o segundo dirigente da UNE representativo da ideologia da AP; a ele seguiram-se Vinícius Caldeira Brant e José Serra, sendo que esse último não chegou a concluir o seu mandato devido ao regime imposto ao país a partir de 1964. Entre nós, seguindo a mesma sequência, tivemos como dirigentes da UEEA (chamada de “Entidade Máxima dos Universitários Alagoanos”) Adalberto Câmara, Agatângelo Vasconcelos, José Gonçalves Sobrinho e Ogelson Gama. Assim como Serra, pelo mesmo motivo, Ogelson também não chegou a concluir o mandato para o qual fora eleito. Em Alagoas predominavam na política estudantil dois grupos: um com ideologia que o aproximava do “Grupão” (assim era designada a AP em suas fases iniciais) e outro próximo ao Partido Comunista Brasileiro o PCB. Contudo, pontificavam líderes estudantis de outras tendências ideológicas, político-partidárias e religiosas. Em sua maioria, contudo, eram ligados à JUC, à AP, ou ao PCB, por serem os mais importantes direcionamentos da época no mundo estudantil. Todos eram jovens idealistas impulsionados pelas bandeiras libertárias do momento. Ninguém aceitava a pecha de “direitista”, visto que, usando o linguajar da ocasião, isso equivaleria a ser considerado como “alienado” ou, pior ainda, como “entreguista...” Aceitava-se a designação de militante “centro-esquerdista”, até mesmo de “centrista”; se alguém de fato era “direitista”, não assumia o seu direcionamento ideológico para não vir a ser estigmatizado dentro do Movimento Estudantil. Defendia-se uma ação nacionalista, lutava-se contra o imperialismo econômico, buscava-se a ampliação dos espaços democráticos em todos os níveis sociais, inclusive no sistema universitário brasileiro e na recém - fundada UFAL.


Assim, em seus primórdios, teve a UFAL que acatar a existência e interatuar, nem sempre de maneira fácil - com um combativo Movimento Estudantil pleno de reivindicações, greves, congressos, seminários e até editando pequenos, porém atuantes, periódicos, pois cada Diretório Acadêmico publicava o seu “órgão oficial”, embora de restrita divulgação, a exemplo de “A Voz do Direito”, de “O Clínico” e de “O Prisma” (Engenharia), enquanto a UEEA editava “Atualidades que interessam aos universitários” (boletim) e o DCE o periódico “O Novo Sol”. Era o Movimento Estudantil tão sólido entre nós que nos anos que antecederam a abril de 1964, conseguiu colocar na disputadíssima Diretoria da UNE dois dos nossos conterrâneos: Roberto Mafra e Jurandir Bóia.


Embora sabendo, como salienta Alberto Saldanha ao analisar o Movimento Estudantil, ser “necessário examinar concretamente a atuação estudantil, em cada conjuntura histórica, para se compreender os diferentes conteúdos e formas que assumem as mobilizações estudantis”, o escopo do presente trabalho será apenas o de relatar alguns desses acontecimentos, buscando evidenciar a presença de um combativo Movimento Estudantil nos anos iniciais da UFAL. Já Saldanha, em suas obras, aprofunda a compreensão das referidas mobilizações e estuda a construção de um mito: o do “Poder Jovem”, assumido pelo Movimento Estudantil.


Lembremo-nos de que após a criação da Faculdade de Direito de Alagoas, em 1931, na mesma década, em ano que não conseguimos precisar, foi fundada em Maceió uma Faculdade de Farmácia e Odontologia de efêmera duração. A instituição não chegou a ser reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura e cerrou as suas portas. Os alunos que haviam concluído o curso foram instados, nos anos quarenta, a revalidar os seus diplomas no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora. Por outro lado, nada encontramos referente a qualquer atividade estudantil reivindicatória, em nosso meio, naquela época. Não confundir, portanto, a instituição agora mencionada, com as posteriores Faculdade de Odontologia de Alagoas (fundada em 14 de julho de 1955) e Faculdade de Odontologia de Maceió (fundada em 04 de fevereiro de 1956), as quais vieram a se unificar para facilitar a criação da UFAL. Para que ocorresse tal fusão um movimento grevista dos discentes de ambas as instituições visou acelerar os acontecimentos, finalmente ocorrendo em de fevereiro de 1961 a primeira reunião da Congregação da nova Escola de Odontologia que já nascia incorporada à UFAL. Como fato curioso, mencionemos: durante a greve dos estudantes de Odontologia seus líderes promoveram no centro da cidade o enterro simbólico ( devidamente acompanhado por “carpideiras”) do diretor de uma das escolas por sido ele o mais recalcitrante quanto à junção das instituições. Entretanto,antes da greve acima mencionada, os estudantes alagoanos apoiaram em março de 1960 uma greve de caráter nacional, com sete dias de duração, em repúdio a uma agressão que teria sido praticada contra o presidente da UNE, na capital federal.


No dia 11 de agosto de 1960, ou seja, na data em que era comemorado Dia Nacional do Estudante, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina de Alagoas teve lugar uma grande reunião promovida pela UEEA então presidida pelo estudante de Engenharia Adalberto Câmara (observemos que o líder estudantil agora citado presidia a UEEA e não o DCE, pois este ainda não fora criado, o que só ocorreria em 1962 empossando o seu primeiro presidente, Rinaldo Costa Lima, no dia 21 de fevereiro ). Participaram os Secretários Estaduais da Educação e da Saúde, além de diretores de algumas das nossas faculdades isoladas, líderes estudantis e políticos. Desta reunião foi tirado um Memorial a ser entregue ao Presidente da República rogando o seu interesse quanto à criação de uma universidade em Alagoas. A. C. Simões, o nosso primeiro reitor, grande batalhador pela federalização da Faculdade de Medicina e pela criação da UFAL, naquele momento já percebera ser o momento de uma proposta maior, ou seja, não mais a mera federalização de uma faculdade, mas sim a fundação de uma universidade. Moacir Medeiros de Sant'Ana informa nas páginas do Documentário das Comemorações do XX Aniversário da UFAL, fora o manifesto redigido por Adalberto Câmara, assinado pelos dirigentes máximos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado, pelos diretores das nossa escolas (na verdade, não o assinaram a Diretora da Escola de Serviço Social Padre Anchieta de Alagoas e o Diretor da Faculdade de Filosofia) e entregue pessoalmente ao Presidente Juscelino Kubitschek pelo presidente da UEEA , o que evidencia a importância da participação estudantil no episódio. Contudo, “O Clínico” afirma haver sido feita a entrega pelo Deputado Abrahão Fidélis de Moura que fizera parte da mesa diretora dos trabalhos na reunião do Dia do Estudante. As informações encontradas no depoimento de A. C. Simões, intitulado “Da Criação e do Primeiro Decênio da Universidade Federal de Alagoas”, inserido no Documentário Histórico editado pela UFAL em 1982, bem como em discurso pronunciado no jantar que lhe foi oferecido logo após a sua posse como reitor, esclarecem a divergência. É que não se trata do mesmo documento: o entregue pelo deputado acima mencionado é um Memorial anterior, datado do dia 2 de julho de 1960, oriundo do Conselho Técnico e Administrativo da Faculdade de Medicina no qual é solicitada a federalização da instituição.


Quando ocorreu a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, a UNE e as Uniões Estaduais de Estudantes posicionaram-se claramente ao lado da Campanha da Legalidade desencadeada no Rio Grande do Sul pelo Governador Leonel Brizola com o apoio das Forças Federais sediadas em Porto Alegre. Havia, segundo Gorender, “uma situação de empate”, até ocorrer o posicionamento de Brizola, apoiado pelo III Exército. Para lá se dirigiu a Diretoria da UNE, após a decretação de greve geral por tempo indeterminado. Em Maceió a UEEA aderiu à greve nacional e em sua sede, à Rua Senador Mendonça (a qual ostentava faixa preta indicando luto pela morte iminente da democracia), instalou estridente serviço de som que retransmitia os programas radiofônicos vindos do estado gaúcho. Programou-se uma passeata (que não foi realizada por solicitação das autoridades federais), mas foram feitas reuniões conjuntas com os deputados estaduais e com os vereadores da cidade, sendo ainda as lideranças recebidas em audiência pelo Governador. Tal situação, sem maiores problemas, perdurou até as forças políticas e militares encontrarem a solução do Parlamentarismo, o possível naquelas dramáticas circunstâncias. Posteriormente, a renúncia do Gabinete Tancredo Neves com a nova crise surgida até o estabelecimento do Gabinete Brochado da Rocha, em junho de 1962, mostra como 61 e 62 foram anos plenos de turbulências políticas, as quais atingiram fortemente o Movimento Estudantil.


Em julho de 1962 as lideranças estudantis decidem deflagrar a Greve de um Terço, movimento que paralisou as atividades discentes na UFAL por cerca de três meses. Houve previamente uma Assembléia Geral na Faculdade de Medicina, promovida pelo DA Prof. Sebastião da Hora, da qual se tirou um longo “Manifesto dos Estudantes Alagoanos” como informa “O Clínico”, periódico daquele DA: “Assinado pelo seu pte., pelo DCE e pelos ptes. dos DD.AA de todas as nossas escolas superiores, a UEEA lançou o seguinte Manifesto...” Pretendia-se uma participação mais numerosa dos alunos nos órgãos colegiados do Ensino Superior, sendo feita a proposta a de um terço de representação estudantil. Luiz Nogueira Barros que na ocasião era secretário geral do recém-criado DCE, discorrendo a esse respeito, diz: ”A reação dos professores foi negativa não porque eles se sentissem vigiados em suas honestidades, mas sim porque a mentalidade universitária era muito senhorial”. Durante tal greve chegou a haver a ocupação da Faculdade de Filosofia após um professor tentar quebrar a greve trazendo duas alunas para fazerem prova. Acirraram-se os ânimos e autoridades educacionais teriam sido impedidas de entrar no recinto, sendo necessária a intermediação pessoal do Vice-Governador Teotônio Vilela para apaziguar os exaltados. Outra versão, mais pormenorizada, informa haverem sido os grevistas alertados para a presença de um professor da UFAL, muito ligado à Igreja, o qual acompanhado por duas alunas (freiras da Escola de Serviço Social) insistia para que as mesmas pudessem fazer determinada prova marcada para aquela noite. Observe-se que a Congregação da citada Escola, havia sido elogiada no “Manifesto dos Estudantes Alagoanos” exatamente por já haver adotado o que os estudantes pretendiam, a sua representação de “Um Terço”... Mesmo sem uma deliberação do Comando de Greve (pois não houvera tempo para tal) arregimentaram-se os alunos buscando impedir que a greve viesse a ser “furada”. O professor, dizia-se, estaria armado; o Diretor da Faculdade, perplexo... Presentes também estavam o Reitor e o Secretário de Segurança. Alguém apaga as luzes provocando um grande tumulto. Ao voltar a iluminação o Reitor conversou com os grevista e solicitou o fim do movimento paredista, retirando-se em seguida. Os alunos enviaram um emissário ao Palácio dos Martírios (foi ele o estudante de Medicina Roberto Jackson Cavalcante, sobrinho do Governador Luiz Cavalcante) que após algum tempo retornou com notícias preocupantes: “- Diga aos rapazes que saiam; o Exército e a Marinha poderão em breve intervir.” Surgiram rumores de prisões iminentes e de possíveis deportações para Fernando de Noronha. Finalmente os estudantes afastaram-se e foi dada por encerrada a ocupação, mas não a greve. Terá sido este o momento de maior tensão no relacionamento entre o Movimento Estudantil e a UFAL em seus anos iniciais.


Para que se chegasse à Greve de um Terço, a proposição foi diligentemente preparada. Dois grandes Seminários de Reforma Universitária foram previamente realizados: em Salvador, em 1960 e em Curitiba em 1962. A divulgação, pelo Centro Popular de Cultura, (CPC) e pela UNE Volante, levava aos principais centros universitários música, representações teatrais, publicações e grandes assembléias onde se discutia a Reforma Universitária pretendida. Nomes como os de Herbert Souza, Oduvaldo Vianna Filho, Ferreira Gullar, Cacá Diegues, Gláuber Rocha e Arnaldo Jabor, figuravam no CPC e alguns deles por vezes integraram a UNE Volante. Maceió também foi visitada, em 1962, e teve o palco do Teatro Deodoro ocupado por uma noite para as apresentações artísticas acima mencionadas. Aldo Arantes, em fevereiro, havia estado entre nós promovendo a UNE Volante, inclusive o filme “Cinco Vezes Favela”, produzido pelo CPC.


Em 1962 a UEEA promoveu o I Seminário Alagoano de Imprensa Universitária, na cidade de Santana do Ipanema e em 1963 o DCE realizou um Seminário de Assuntos Universitários, em Palmeira dos Índios, daí tirando a “Declaração de Palmeira dos Índios”. Não havia muita sincronia entre o DCE e a UEEA, contudo ambos os encontros foram positivos para o que se propunham. Observemos, as eventuais divergências mostrando divisões existentes no Movimento Estudantil daqueles dias, são consequentes às diferentes orientações político-ideológicas dos seus componentes, o que paradoxalmente trazia mais dificuldades e maiores encantos à instigante política estudantil. Porém, era um movimento participante e destemido: discordou (o D.A de Direito) da lista tríplice para a escolha do reitor por ela conter professores interinos em detrimento de professores efetivos, apoiou greves locais e nacionais, interferiu em questões pertinentes à saúde (D.A de Medicina). O seu ato mais temerário terá sido a criação de um comitê estudantil da Frente de Libertação Nacional, tendo como integrantes muitos dos líderes locais. Mas também criou quadras de esportes e um clube recreativo: envolvia-se em múltiplas situações e atividades. Certamente estava ele imbuído da crença do “Poder Jovem”, um mito como já foi dito...


Outro movimento que empolgou os discentes nos primeiros tempos da UFAL diz respeito à efetivação sem concurso, nos quadros da universidade alagoana, de professores que integravam as faculdades pré-existentes. Especificamente, havia um questionamento quanto ao que seria auxiliar técnico e auxiliar de ensino, com implicações que levavam à dispensa do concurso público. Em consequência foi lançado um “movimento de descrédito” quanto à capacidade profissional dos que se eximiriam do concurso; contudo, como lembra Audálio Cândido dos Santos, líder estudantil de então, concordou-se em arrefecer a discordância levando-se em conta o objetivo maior a ser alcançado, qual seja, a consolidação da novel Universidade Federal de Alagoas. Aliás, tão logo o Magnífico Reitor A. C. Simões, empossado em Brasília no dia 11 de outubro de 1961, regressou a Maceió, foi ele recepcionado no dia 25 do mesmo mês na sede da UEEA pelos agradecidos universitários locais.


A instalação da UFAL aconteceu no Salão Nobre da Faculdade de Medicina. Estavam presentes as nossas autoridades universitárias, um representante do Ministro da Educação, autoridades eclesiásticas, professores e alunos. O professor Nabuco Lopes falou pelos docentes e Luiz Nogueira Barros pelos discentes. Em seu contundente discurso o estudante de Medicina analisou o Ensino Superior no Brasil, havendo desagradado aos setores ligados à Igreja, bem como aos conservadores em geral.


Quanto às ações assistencialistas, a UEEA, com a ajuda de verbas públicas, mantinha a duras penas um muito freqüentado Restaurante Universitário, em sua própria sede, bem como a Casa do Estudante Universitário (CAEU). Para abrigar as jovens estudantes criou, entre 1961 e 1962, a Residência Universitária Feminina de Alagoas, a RUFA. Quanto ao aspecto recreativo existia, ligado à UEEA, o Clube do Estudante Universitário (CEU), que promovia encontros dançantes semanais, inclusive carnavalescos. “Vamos ao Céu!” era o seu lema. Vale lembrar que somente em 1966 a UFAL assumiu e ampliou esta rede assistencial instalando o Restaurante Universitário e a Residência Universitária Masculina (RUMA). O Lar da Universitária Alagoana (LUA) foi instalado aproximadamente na mesma ocasião. Ressaltemos que tais providências eram absolutamente necessárias, pois com o advento do regime militar fora a UEEA desativada. Portanto, haviam deixado de existir a CAEU, a RUFA e o Restaurante Universitário da UEEA, além do clube recreativo mencionado.


Embora nem sempre tão coeso quanto teria sido desejável, o Movimento Estudantil alagoano, nos primórdios da UFAL, como vimos, era muito atuante. Mobilizou as questões locais, participou articuladamente das lutas no cenário nacional e esteve presente aos grandes encontros estudantis, em diferentes estados brasileiros. Terá contribuído, ao seu modo, para a implantação, o desenvolvimento e a democratização do Ensino Superior entre nós.



FONTES DE CONSULTA



O CLÍNICO. Órgão Oficial do DA Prof. Sebastião da Hora. Ano I- agosto 1960 -nº 6. Faculdade de Medicina de Alagoas.

ÍDEM, Ano III-Maceió, maio-junho 1962-n° 15 disponível em www.luiz nogueira.com.br/notícias.

10º ANIVERSÁRIO FACULDADE DE MEDICINA DE ALAGOAS – EDIÇÃO COMEMORATIVA. Casa Ramalho Editora. Maceió, 1960.

GORENDER, J. COMBATE NAS TREVAS – A ESQUERDA BRASILEIRA: DAS ILUSÕES PERDIDAS À LUTA ARMADA. São Paulo, Editora Ática, 1987.

SALDANHA DE OLIVEIRA, J.A. A MITOLOGIA ESTUDANTIL – UMA ABORDAGEM SOBRE O MOVIMENTO ESTUDANTIL ALAGOANO. Maceió, SERGASA, 1994.

SALDANHA, ALBERTO. A UNE E O MITO DO PODER JOVEM. Maceió, EDUFAL, 2005.

LINS, S.B. A GERAÇÃO DISPERSADA. ÚLTIMA PALAVRA, Ano 1, nº 31. Maceió, 29.06.1988.

MENDES JÚNIOR, A. MOVIMENTO ESTUDANTIL NO BRASIL. São Paulo, Editora Brasiliense, 1981.

AZEVEDO, J. (coord.). UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO. Maceió, 1982.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – 30 ANOS DE VIDA – 1961 a 1991. Maceió, SERGASA, 1991.

www.luiznogueira.com.br/noticias (página visitada em 21.02.2011).

Hemeroteca do IHGAL.

Autor :

(*) Médico e professor universitário aposentado.

Membro do IHGAL.

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