Atualmente sabemos que os macacos não são reservatórios da Febre Amarela. A doença não segue estradas e não respeita fronteiras . Ela segue o caminho das matas. onde mosquitos se transformam em reservatórios do vírus amarílico e ao mesmo tempo vetores.
As mortes de PNH, na maioria das vezes é o primeiro sinal que o vírus está circulando na região. Em áreas de matas,ou próximas a elas, os vetores envolvidos são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Em regiões metropolitanas, (Urbanas) mosquitos aedes (Aegypti e Albopictus) são os responsáveis pela disseminação da doença.Os mosquitos são portanto vetores-reservatórios (transmissores do vírus)
Há uma chance, mas sem comprovação científica, que devido as viajens e aos movimentos migratórios humanos ( pendulares) promovidos pela facilidade dos meios de transportes atuais, que pessoas que não foram vacinadas e que estão infectadas pelo vírus amarílico desempenhem o papel de transporte das partículas virais no organismo por grandes distâncias , contribuindo dessa forma para a disseminação da doença.
As mortes humanas e de macacos ( PNH ) que estão ocorrendo em diversas regiões, leva também a pensar em outros animais com potencial papel de reservatório do vírus neste imenso surto.
- Febre Amarela : Na ausência de macacos, preguiças e gambás poderiam ocupar um lugar secundário na manutenção viral
- O mosquito é infectante durante toda sua vida e o vírus da Febre Amarela se transmite em suas gerações
- Brasil vive o maior surto de febre amarela nos estados de MG,ES,SP,RJ,PA e Tocantins
- Febre Amarela - Alta taxa de Letalidade ( Mortalidade ) : o vírus se mantém por um curtíssimo tempo nos Macacos - PNH
- Fêmeas do Haemagogus janthinomys,principal vetor da Febre Amarela silvestre,podem voar até 11 km
Até 20 de abril de 2017, foram notificadas ao Ministério da Saúde 3245 epizootias em Primatas Não Humanos (PNH), das quais 1277 permanecem em investigação, 88 foram descartadas e 474 foram confirmadas para febre amarela por critério laboratorial ou vínculo epidemiológico com epizootias em PNH ou casos humanos confirmados em áreas afetadas (municípios com evidência de circulação viral) e ampliadas (municípios limítrofes àqueles afetados), com envolvimento de 4839 animais.
Mapa :
Epizootias Confirmadas e em Investigação para Febre Amarela no Brasil
Confira no Mapa a marcação em azul nos Estados que têm Epizootias em investigação para a Febre Amarela. Em vermelho , as epizootias confirmadas |
Sobre os PNH ( Macacos )
Epizootia - Definições
- É um conceito utilizado na saúde pública veterinária para qualificar a ocorrência de um determinado evento em um número de animais ao mesmo tempo e na mesma região, podendo levar ou não a morte.
- Doença que apenas ocasionalmente se encontra em uma comunidade animal, mas que se dissemina com grande rapidez e apresenta grande número de casos. O seu conceito equivalente em medicina é epidemia
- Epizootia (do grego clássico: epi, por sobre + zoon, animal) é o conceito utilizado em veterinária e ecologia das populações para qualificar uma enfermidade contagiosa que ataca um número inusitado de animais ao mesmo tempo e na mesma região e que se propaga com rapidez.
Especialistas falam sobre os Macacos
" Os macacos são sensíveis ao vírus da febre amarela e a morte dos animais pela doença é um alerta aos órgãos de saúde sobre a necessidade de vacinação da população humana nos arredores. Ou seja, eles permitem aos gestores de saúde implementar estratégias preventivas, antes de o vírus atingir populações humana ", Diretora do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) e veterinária, Carla Campos.
" Esses animais, assim como o homem, são hospedeiros do vírus e não reservatórios da doença. Os vírus ficam vivos neles por um período de tempo muito curto.
Desflorestar ou matar macacos não impede a circulação do vírus da febre amarela. Na verdade, o efeito é danoso para a saúde pública, pois elimina o papel de sentinela dos primatas, que, ao morrerem pela doença, avisam as autoridades sobre a sua ocorrência.
Os macacos têm, portanto, uma valiosa e insubstituível contribuição para a saúde pública.Há consenso entre os especialistas de que os macacos não são os responsáveis pela disseminação da doença, embora ainda seja desconhecido o mecanismo de propagação do vírus por extensões geográficas tão vastas. " SBPr
Animal doente ou morto
"Ao receber essas informações, notificamos imediatamente as autoridades sanitárias competentes, permitindo que esses animais sejam removidos de maneira correta e possam ser encaminhados para análise em instituições de referência, além de alertar essas instâncias para a necessidade de outras ações naquele local, como imunizar a população, por exemplo ". bióloga, coordenadora do Ciss e do Programa Institucional Biodiversidade & Saúde, Márcia Chame
Editado
Se copiar é obrigatório citar a fonte
Do original e o link do blog ALAGOAS REAL
Fontes:
Blog AR NEWS
SBPr
https://agencia.fiocruz.br/morte-de-macacos-prejudica-controle-da-febre-amarela
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/41469
https://agencia.fiocruz.br/morte-de-macacos-prejudica-controle-da-febre-amarela
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/41469
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