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Crise na Venezuela: Torre de Babel presente na OEA e na UNASUL

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Os presidentes da Unasul disseram a maduro: não há consenso para uma reunião de emergência, e na OEA  não existe acordo sobre a crise. 

Babel do Século XXI - A confusão dos ideais na UNASUL e OEA


O Conselho Permanente da organização de Estados Americanos (OEA), reunido em sessão extraordinária para debater a situação na Venezuela, descartou a possibilidade de convocar para hoje uma reunião de consulta com os ministros dos Negócios Estrangeiros da região.

Fontes diplomáticas citadas pela imprensa internacional referem que após quase cinco horas de debate, os Estados membros descartaram a proposta do Panamá por falta de consenso, ganhando, no entanto, força a ideia de emitir uma declaração apelando ao diálogo no país, defendida pela Bolívia.

A decisão do Panamá, recusada por Caracas, levou também as autoridades venezuelanas a cortar relações diplomáticas e comerciais com o país, bem como suspender a verificação da dívida das empresas venezuelanas ao Panamá.



O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, pediu quinta-feira à União de Nações da América do Sul (Unasul) que convoque "um Conselho Presidencial" para que Caracas possa expor a situação atual que afeta o país.


"Solicitámos uma reunião para expor, perante o Conselho Presidencial da Unasul, a circunstância de ataques e violência de pequenos grupos que estão a prejudicar a sociedade e impor uma situação política que o nosso país vai superando com muita consciência, porque amamos a paz", disse Nicolás Maduro.

O pedido do Presidente venezuelano foi feito em Caracas, durante uma reunião com Desi Bouterse, (Presidente de Suriname e presidente da Unasul) que visitou a Venezuela para participar nas cerimónias do primeiro aniversário da morte de Hugo Chávez.

Durante o encontro, explicou, passaram revista "à relação bilateral, no quadro dos acordos de cooperação económica, energética, cultural, social, e das excelentes relações políticas, diplomáticas, de irmandade, de respeito" que a Venezuela "tem tido com o Suriname e particularmente com o seu Presidente".

Esta é a segunda vez que o governo venezuelano pede que seja convocada uma reunião da Unasul, para debater a crise venezuelana.

A 27 de fevereiro último o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, anunciou ter solicitado à Unasul a realização de uma reunião extraordinária para debater a situação atual no seu país.

Desde há três semanas que se registam diariamente protestos em várias localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e atos de violência que provocaram pelo menos 21 mortos, várias centenas de feridos e mais de um milhar de detidos.

Segundo o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa pelo menos 89 jornalistas foram agredidos e roubados.


Os protestos começaram a 12 de fevereiro, com uma marcha pacífica de estudantes contra a insegurança, mas intensificaram-se nesse mesmo dia, quando confrontos entre manifestantes, forças de ordens e alegados grupos armados, provocaram a morte de três pessoas.

LUSA

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