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Os últimos dias de Chávez : Massimo Signoracci, conhecido como «o embalsamador dos Papas», esteve em Cuba







Quando, a 11 de dezembro, Hugo Chávez acenava para os venezuelanos antes de partir para Havana para realizar a quarta cirurgia contra o câncer que o perseguia desde 2011, todos acreditavam que o presidente ia ultrapassar a doença mais uma vez e regressar a tempo de tomar posse para mais um mandato.


No entanto, assim que surgiram as primeiras complicações após a operação, o governo venezuelano começou a preparar-se para a morte de Chávez. Segundo o diário espanhol ABC, já no início de janeiro, o Palácio de Miraflores, residência oficial do presidente, deu as medidas para o caixão. Na mesma altura, Massimo Signoracci, conhecido como «o embalsamador dos Papas», esteve em Cuba, ainda que não se tenha confirmado oficialmente que tenha sido chamado para embalsamar Hugo Chávez.


O objetivo passou a ser prolongar a vida do presidente até estar assegurada a transição para o vice-presidente venezuelano, Nicolas Maduro. Chávez só tinha de tomar posse e, depois, a sua morte ou renúncia passaria o poder para as mãos do seu fiel seguidor.


Em fevereiro surgiram até as primeiras boas notícias. A infeção pós-operatória tinha sido ultrapassada e o estado de saúde de Hugo Chávez estava suficientemente estável para que fosse transportado, a 18 de fevereiro, para o Hospital Militar de Caracas.


No entanto, e de acordo com o ABC, a 22 de fevereiro, um exame mostrou um novo tumor cancerígeno que já afetava 35 por cento do pulmão esquerdo. O diagnóstico era irreversível, pelo que a tomada de posse já nunca seria uma hipótese.


No mesmo dia, o presidente foi transportado para a residência presidencial da ilha de La Orchila, mais perto da família e longe dos olhares curiosos. Parecia ser este o local escolhido para Chávez morrer. No entanto, algumas fontes ouvidas pelo ABC acreditam que foi a própria mãe que implorou aos médicos por mais um esforço. E terá sido por isso que Hugo Chávez, no dia 1 de março, regressou a Cuba.


Durante três dias, não se sabe o que ainda tentaram os médicos. Um oncologista espanhol ouvido pelo ABC, Joan Janáriz, é da opinião que a quimioterapia nesta altura não traria «qualquer benefício» e que, mesmo a última operação de dezembro, só serviu para prolongar a dor do presidente venezuelano.


Foi já na segunda-feira que os médicos desistiram. Não havia nada a fazer. A família de Chávez aceitou desligar as máquinas e, novamente segundo o ABC, às 7:00 de Cuba (13:00 em Lisboa) de terça-feira o líder venezuelano morreu. 


Recorde-se que Nicolas Maduro referiu que o falecimento foi decretado às 16:25 na Venezuela (20:55 em Lisboa), no Hospital Militar de Caracas. De acordo com o jornal espanhol, esta diferença de quase oito horas deveu-se a uma última jogada política: o vice-presidente decidiu convocar os jornalistas para uma conferência de imprensa ao início da tarde, para, simultaneamente, preparar os venezuelanos para o pior cenário e atrair a atenção dos media para teorias da conspiração enquanto o corpo de Chávez era transportado novamente para a capital venezuelana. 


Mesmo esta última tentativa não afastou a Venezuela de uma crise política há muito esperada. Os últimos meses de sofrimento de Hugo Chávez podem ter sido em vão.

.http://www.abc.es/internacional/20130306/abci-ultimos-dias-chavez-201303060435.html.

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