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Professor da Sorbonne questiona como alguns políticos que sofreram acusações graves voltam a ser reeleitos -Áudio


Caso Renan Calheiros relança debate sobre corrupção


Renan Calheiros foi reeleito presidente do Senado com 56 votos

RFI


A questão da corrupção e da impunidade na vida política brasileira voltou à tona com a reeleição de Renan Calheiros do PMDB à presidência do Senado e do Congresso Nacional com 56 votos. Ele volta ao cargo depois de ser acusado de receber ajuda de lobistas de construtoras, dinheiro que ele usava para pagar pensão para uma filha. O professor de ciências políticas na universidade Sorbonne, Stéphane Monclaire, questiona a responsabilidade do eleitorado.
O senador do PMDB Renan Calheiros foi obrigado a deixar o cargo, que ocupou entre 2005 e 2007, depois da denúncia de que teria recebido dinheiro de uma construtora para pagar a pensão da jornalista Mônica Veloso, com quem teve uma filha. Calheiros chegou a ser absolvido pelo Senado, mas na semana passada, pelo mesmo motivo,  o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o denunciou por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. O presidente do Senado poderá, se o Supremo aceitar a denúncia, responder a um processo criminal.

Em entrevista à RFI, o professor de Ciências Políticas da Sorbonne, Stéphane Montclaire, questiona como alguns políticos que sofreram acusações graves, como o ex-presidente Fernando Collor de Melo, por exemplo, voltam a ser reeleitos. "O Renan Calheiros faz parte dessas pessoas que conseguem sobreviver através de apoio e de manobras, mesmo que, no passado, tenham sido alvo de denúncias de corrupção. Por que pessoas corruptas, pegas em flagrante, conseguem se reeleger? Como os eleitores esquecem ?’", questiona o especialista francês.


O professor da Sorbonne também desaprova a forma como a palavra "corrupção" é aplicada pela imprensa e pela sociedade brasileira. Segundo ele, o conceito é banalizado. “Este uso descontrolado da palavra corrupção contribui para a divulgação, dentro da opinião pública, de uma ideia falsa, como se não existissem níveis de corrupção.” Na avaliação de Monclaire, isso "alimenta a sensação de não houve evolução nos últimos anos e de que todos os políticos são corruptos, o que é falso." De acordo com ele, o fato de alguns políticos continuarem no poder depois de  denúncias graves contribuem para essa generalização.''E o Renan Calheiros faz parte disso."'
http://www.portugues.rfi.fr/brasil/20130201-caso-renan-calheiros-relanca-debate-sobre-corrupcao







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