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Peste dos pequenos ruminantes

Sobre a peste dos pequenos ruminantes:




A peste dos pequenos ruminantes (peste des petits ruminants-PPR) vem sendo considerada importante problema de saúde animal, com crescente importância sanitária e significativo impacto econômico nos
continentes africano e asiático.


O vírus casusador da doença, peste des petits ruminants virus ou PPRV, pertence ao gênero Morbillivirus da família Paramyxoviridae, sendo filogeniticamente relacionado ao vírus Rinderpest de bovinos e búfalos, o vírus do sarampo em humanos e o vírus da cinomose de cães. Geneticamente, o PPRV pode ser dividido em 4 grupos (3 africanos e 1 asiático).




A doença acomete principalmente ovelhas e cabras, entretanto, já foi descrita em algumas espécies de ruminantes selvagens em zoológicos. Bovinos, búfalos, camelos e suínos podem ser infectados, sem, no
entanto, evidências significativas de evolução para doença. Embora sejam ovelhas e cabras susceptíveis à infecção e ao risco de adoecer, nem sempre há o acometimento simultâneo de ambas as espécies.


A transmissão ocorre a partir de secreções (oculares, nasais, salivares) e das fezes, todos materiais que contêm grande quantidade de partículas virais. A infecção de animais saudáveis ocorre, sobretudo, a partir da inalação de gotículas infectantes eliminadas por animais infectados. O contato próximo entre animais é a principal situação de risco de transmissão; entretanto, considera-se ser possível a transmissão a partir de água e alimentos contaminados com secreções.


O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através de PCR, isolamento viral, imunohistoquímica em tecidos e testes imunológicos para detecção de antígenos e anticorpos.


Clinicamente, os primeiros sintomas, que aparecem entre 2 e 6 dias após a infecção, são febre de início súbito, estado de apatia, pelos eriçados e eliminação de secreção aquosa nasal, ocular e oral. Com a progressão da doença, se inicia diarreia aquosa e as secreções se tornam amareladas e espessas, com obstrução nasal, pálpebras grudadas e desconforto respiratório. Há intensa hiperemia de mucosas e áreas de necrose epitelial em diversos pontos da cavidade oral, nasal, genital. 


O desconforto respiratório se manifesta através de taquipneia, respiração ruidosa e tosse, em conjunto, caracterizando um quadro de pneumonia. Dentre as principais complicações se incluem desidratação, lesões nodulares cutâneas, úlceras mucosas, lesões de trato digestivo, abortamento, insuficiência respiratória.


Em surtos, a taxa de ataque pode alcançar 100% dos animais de ummesmo rebanho; em tais situações, a letalidade pode variar entre 20% e 90%.


Para saber mais sobre a doença acesse o manual da FAO:

Fonte:PROMED
Abaixo, algumas referências sobre perspectivas de controle da
doença:
- Baron MD et al. Peste des petits ruminants: a suitable candidate for eradication? Vet Rec. 2011 Jul 2;169(1):16-21.
- Banyard AC et al. Globaldistribution of peste des petits ruminantsvirus and prospects for improved diagnosis and control. J Gen Virol. 2010 Dec;91(Pt 12):2885-97.
- Sen A et al. Vaccines against peste des petits ruminants virus. Expert Rev Vaccines. 2010 Jul;9(7):785-96.

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