O governador Teotonio Vilela Filho vai entrar para a história da saúde pública de Alagoas, entre outros desastres, como o responsável pelo fechamento do Hospital Escola Hélvio Auto. Referência em Alagoas para o atendimento de pacientes com doenças infectocontagiosas, o antigo HDT agoniza e tem a cada dia sua capacidade de assistência à população reduzida. Motivo: falta de médicos.
O número de leitos que já chegou a 139 diminuiu ao longo dos últimos anos e logo será fixado em 62. O hospital não dispõe de médicos em quantidade suficiente para atender uma demanda maior. Dos 20 profissionais que atendiam diariamente somente os casos de urgência, restam apenas oito.
A UTI está praticamente fechada por falta de intensivistas. O prazo dado pelos especialistas demissionários para que o governo pagasse o salário combinado terminou ontem. Contratados precariamente, por processo seletivo simplificado, esses profissionais seguem os passos de outros que não aceitam mais trabalhar na rede estadual em troca de um salário vil.
A evasão de médicos da rede pública de Alagoas bateu recorde nos últimos seis anos. Centenas de profissionais, inclusive admitidos no último concurso público realizado pelo Estado, abriram mão de seus empregos por não suportarem mais os baixos salários e as péssimas condições de trabalho.